CASO JOÃO COUTO

Médico é preso em hospital de São Paulo por morte de pacientes em Novo Hamburgo

Captura aconteceu na tarde desta quinta-feira, no trabalho do indiciado, a 600 quilômetros da capital paulista

Publicado em: 14/12/2023 17:21
Última atualização: 14/12/2023 19:07

Com prisão preventiva decretada após indiciamento pela morte de três pacientes em Novo Hamburgo, o médico João Batista do Couto Neto, 47 anos, foi capturado na tarde desta quinta-feira (14) no interior de São Paulo. Ele saiu algemado do trabalho no Hospital Municipal de Caçapava, a 600 quilômetros da capital, por volta das 16 horas.

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João Couto saiu algemado, na tarde desta quinta-feira, do Hospital Municipal de Caçapava Foto: Polícia Civil

Segundo o titular da 1ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo, Tarcísio Kaltbach, a prisão aconteceu com apoio da Polícia Civil paulista. O delegado, que conduz a investigação e pediu a preventiva, revela que ela foi decretada na terça (12) pela Vara do Júri de Novo Hamburgo. Conforme revelado pela reportagem na segunda (11), Tarcísio indiciou Couto em três inquéritos, pela morte de dois homens e uma mulher, todos com idade superior a 60 anos. 

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O cirurgião foi enquadrado no crime de homicídio com dolo eventual com as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, agravado por violação de dever inerente à profissão e praticado contra vítima maior de 60 anos. Para cada caso, a pena é de 12 a 30 anos de reclusão.

“Foram coletados depoimentos dos familiares das vítimas e de testemunhas, juntados laudos e documentos. Nesse conteúdo probatório, chegamos à conclusão que de fato houve homicídio com dolo eventual, ou seja, que ele assumiu o risco de produzir a morte”, declara Tarcísio.

Falta terminar os inquéritos relativos a morte de outros 39 pacientes e de 114 que sofreram lesões ou sequelas, possivelmente em razão de cirurgias do médico no Vale do Sinos, a grande maioria delas em Novo Hamburgo. Entre as denúncias contra o profissional, estão perfurações de intestino, pâncreas e aorta, além de pulmão "colado" à pele e retirada indevida de umbigo. Couto se diz inocente.

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