O homem encontrado morto na manhã de domingo (21) com mais de dez facadas à margem da RS-239, em Novo Hamburgo, é o empresário de Estância Velha Maurício André Barth, 57 anos. O corpo foi reconhecido por um familiar na tarde desta segunda-feira (22) no Instituto Médico Legal (IML), em Porto Alegre. Em meio a um crime cercado de mistério, os investigadores têm uma certeza: quem matou estava com muita raiva.
Foto: Reprodução
Há mais de 30 anos na área de manutenção e conserto de máquinas para curtumes, o empresário era dono da Barth Service, no bairro União. Divorciado, tinha uma filha de 14 anos. Morava sozinho no Centro de Estância Velha. “Está todo mundo surpreso. É algo que ninguém imaginava”, relata a irmã, Anete Barth Krug.
“Um choque”
Anete conta que estava na casa de veraneio, em Santa Catarina, quando recebeu telefonema do IML. “Pensei que era trote. Difícil acreditar.” Segundo ela, a família não tem conhecimento de inimizades ou ameaças que pudessem levar a um crime bárbaro. “Era uma pessoa de muito bom coração. Gostava de festa e tinha muitos amigos. Foi um choque para todos nós.”
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O corpo passou por necropsia no IML e foi liberado no fim da tarde desta segunda. O velório é na Capela Werner, no Centro de Estância, e o enterro está marcado para as 10 horas desta terça-feria (23) no Cemitério Católico da cidade.
Motoristas avistaram cadáver na rodovia
Foto: Susi Mello/ GES-Especial
Motoristas avistaram o corpo por volta das 6 horas de domingo na vegetação em um retorno à margem da pista, pouco adiante da Universidade Feevale, no sentido Novo Hamburgo-Estância Velha. Vestígios no cadáver, como a barra da calça levantada, indicam que ele tenha sido arrastado ao local. A Polícia apura onde aconteceu o homicídio.
As facadas atingiram costas, pescoço e queixo. Como a vítima estava sem documentos, a confirmação da identificação levou mais de um dia.
“Estamos completamente no escuro. Não sabemos se foi assalto ou execução”, diz um familiar da vítima, que pede para não ser identificado.
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A delegada de Homicídios de Novo Hamburgo, Marcela Ehler, declara que não pode se manifestar em razão da greve de silêncio da categoria por aumento de salário.
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