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VIOLÊNCIA

Mais de 150 tiros foram disparados contra vítimas de chacina em Rolante

Acerto de contas entre facções foi considerado foi "pontual" pela Polícia

Publicado em: 19/09/2024 às 12h:40 Última atualização: 19/09/2024 às 12h:40
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A operação lançada na manhã desta quinta-feira (19), mirando os criminosos responsáveis pela chacina que aconteceu no início de setembro, em Rolante, no Vale do Paranhana, é somente a primeira etapa da investigação.

Coletiva, na manhã desta quinta-feira (19), serviu para esclarecimento da chacina em Rolante



Coletiva, na manhã desta quinta-feira (19), serviu para esclarecimento da chacina em Rolante

Foto: LEANDRO DOMINGOS/GES-ESPECIAL

Segundo a Polícia Civil, as prisões de cinco suspeitos devem garantir os desdobramentos necessários para serem esclarecidos pontos da apuração e identificados cada um dos envolvidos no crime.

Conforme o delegado Thiago Carrijo, destacado pelo Departamento de Homicídios da capital para atuar no caso ao lado do delegado de Rolante, Vladimir Medeiros, não existe uma “guerra” entre facções em Rolante.

“Não há guerra entre facções em Rolante”, afirma. “Houve um caso pontual de disputa por território em que criminosos que saíram de Portão eliminaram os contras que chegaram de Porto Alegre para controlar uma determinada área”.

Fontes ligadas à Polícia confirmaram que o ataque aconteceu por disputa entre facções do Vale do Sinos e Porto Alegre. 

“Não foi identificada nenhuma liderança de facção entre as vítimas”, explica. “Tratava-se de integrantes da facção contrária que acabaram se tornando alvos do atentado para marcar o território”.

Sobre o local escolhido, em frente a um condomínio, o delegado diz se tratar de um endereço que, embora sem um ponto de tráfico, é alusivo à área controlada pelo grupo responsável pela chacina.

“Eles queriam somente marcar a área e indicar que ali quem manda são eles e escolheram um ponto”, garante. “Foram mais de 150 disparos de arma de fogo durante a chacina”.

Polícia calcula 12 atiradores

A Polícia Civil não divulgou a identidade dos cinco homens presos. Os interrogatórios, segundo Carrijo, tiveram início logo após a coletiva organizada pelo órgão, na manhã desta quinta-feira.

“Entre os presos estão dois atiradores e mais três pessoas que participaram levando os criminosos de carro até o local. Foi um comboio grande que montaram visando cometer os crimes”.

Ao todo, aponta Carrijo, pelo menos, doze homens fortemente armados estão diretamente envolvidos nos tiros, no entanto, a dificuldade de reconhecimento de cada um dos suspeitos é grande.

“As imagens já foram divulgadas e não há visualização suficiente para identificar cada um na cena do crime”, observa. “O trabalho vem sendo difícil, mas acreditamos que será possível chegar a todos os suspeitos”.

Operação

A batizada Operação Vindex, organizada nessa quinta-feira, visando elucidar a chacina em Rolante cometida no mês passado, garantiu o cumprimento de 48 mandados judiciais em Portão, Estância Velha, Campo Bom, São Leopoldo, Guaíba e Novo Hamburgo.

A apuração apontou que as quatro vítimas teriam sido arrebatadas de suas residências, sendo uma das casas incendiadas. Na sequência, os criminosos teriam se deslocado em comboio para executar as vítimas na frente de um condomínio no bairro Rio Branco.

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