abc+

EM CANOAS

Mãe de menino de 7 anos torturado com cordas e cabo de vassoura é presa por omissão: "Sabia o que acontecia na casa"

Companheiro dela, padrasto da vítima, foi preso um dia depois do Natal

Publicado em: 09/01/2025 às 15h:27 Última atualização: 09/01/2025 às 15h:56
Publicidade

Foi no final do ano passado, logo após o Natal, que um homem denunciado por torturar o enteado de apenas 7 anos com cordas e um cabo de vassoura foi preso pela Polícia Civil.

CLIQUE AQUI PARA RECEBER NOSSA NEWSLETTER

Crime apurado pela DP da Criança em Canoas no ano passado teve desdobramento nesta quarta-feira (8), com a prisão da mãe, suspeita de omissão



Crime apurado pela DP da Criança em Canoas no ano passado teve desdobramento nesta quarta-feira (8), com a prisão da mãe, suspeita de omissão

Foto: REPRODUÇÃO

FAÇA PARTE DO GRUPO DE WHATSAPP DO DIÁRIO DE CANOAS

Na época, a apuração conduzida pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas constatou que a mãe sabia da violência e nada fazia. A omissão relatada pela criança, quando o caso veio à tona, culminou em um pedido de prisão contra a mãe, que fugiu da cidade ao saber da detenção do companheiro.

A mulher de 32 anos acabou presa preventivamente nesta quarta-feira (9), em São Leopoldo, onde estava foragida, após duas semanas sendo procurada da Justiça. Segundo o delegado Maurício Barison, foram necessárias várias diligências e até campanas para encontrar a suspeita. “Ela sabia o que acontecia na casa e não tomou nenhuma atitude para cessar a violência”, frisa. “Irá responder pela omissão diante da gravidade do caso.”

Padrasto acabou preso, na manhã do dia 26 de dezembro, em Canoas



Padrasto acabou preso, na manhã do dia 26 de dezembro, em Canoas

Foto: POLÍCIA CIVIL/REPRODUÇÃO

Entenda o caso

O crime foi identificado no dia 6 de dezembro de 2024, quando uma criança chegou em uma escola de Canoas com enormes hematomas pelo corpo e queixando-se de fortes dores. O menino chamou a atenção dos profissionais da instituição, tornando evidente a violência que sofrera na noite anterior.

“A extensão e gravidade das lesões, com hematomas nas costas com aproximadamente 30 centímetros, chamaram a atenção na escola”, lembra Barison.

BOLO ENVENENADO: Entenda quem é quem no crime que chocou o RS

Foi na DP que a criança contou à polícia que era amarrada e apanhava com golpes de cabo de vassoura do padrasto. Tudo porque às vezes mexia no aparelho celular dele. “Instauramos o inquérito policial para apurar a prática de tortura contra a criança por parte do padrasto e também a omissão da mãe diante da violência”, explica.

Na avaliação de Barison, os hematomas encontrados no corpo da criança corroboram com o relato de violência extrema contra o menor. “Tudo acontecia no interior da residência, inclusive com o uso de cordas e pedaços de pau, causando grande sofrimento e dor na vítima”, lamenta.

O menor permanece acolhido em um lar seguro e sob a vigilância das autoridades desde então, confirma a Polícia Civil.

Publicidade

Matérias Relacionadas

Publicidade
Publicidade