A Polícia Civil prendeu preventivamente, na manhã de sexta-feira (20), uma mulher suspeita de mandar matar seu ex-companheiro, um homem transgênero. O crime aconteceu no último dia 7, quando a vítima foi atingida por quatro disparos de arma de fogo em frente à residência de própria mãe, no bairro Niterói, em Canoas. O suspeito do assassinato foi preso em flagrante na mesma noite do crime.
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Segundo a apuração conduzida pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas, a mulher, que é Mãe de Santo popular na cidade, possuindo mais de 140 mil seguidores em rede social, manteve um relacionamento amoroso com a vítima por cerca de oito meses.
O relacionamento foi marcado por desentendimentos, tendo a suspeita registrado uma ocorrência policial de violência doméstica contra o ex-companheiro.
Conforme a delegada Graziela Zinelli, a vítima teria sido executada por ameaçar a divulgação de um segredo de sua ex-companheira. Ela teria comprado um bebê com a vítima e ambos registraram a criança de forma fraudulenta, como sendo seus pais biológicos.
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“Através do registro de nascimento, foi apurado que o bebê teria nascido em meados de outubro e que a gestante teria dado entrada, já em trabalho de parto, munida apenas de uma ocorrência policial de perda de documentos”, explica a titular da Homicídios. “Na sequência, foi verificado que a suspeita registrou o extravio da CNH e do RG, confirmando que a mãe biológica do bebê entrou na maternidade se passando pela suspeita, o que facilitou posteriormente o registro de nascimento em cartório.” O valor da suposta compra da criança não foi relevado.
Na noite do crime, a mulher combinou com o ex-companheiro que mandaria um carro de aplicativo até a residência da genitora para lhe entregar seus pertences religiosos. Em determinado momento, ela avisou que o veículo estava chegando e que ele poderia ir até a frente da casa para receber os objetos.
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A vítima, então, foi para frente da residência e, na sequência à chegada do veículo, uma motocicleta estacionou e o condutor da moto começou uma discussão que culminou em uma série de disparos.
Sobre o bebê, o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, delegado Mário Souza, informou que continua sendo apurada e investigada sua origem, já que, até o momento, sabe-se apenas que a mãe da criança veio de outro estado, possivelmente do Norte do Brasil, e não deixou rastros evidentes de sua passagem pelo RS, uma vez que usou documentação falsificada para entrar no hospital.
“Novas diligências serão formalizadas com objetivo de elucidar os fatos. O bebê, que está com cerca de 60 dias de vida, foi entregue aos cuidados do Conselho Tutelar”, esclareceu.
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