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RECURSO

Mãe de menina morta pode voltar à prisão; caso teve grande repercussão no RS

Ministério Público do RS entrou com recurso contra suspeita de assassinar a filha de 9 anos

Juliano Piasentin
Publicado em: 09/10/2024 às 14h:27
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Suspeita de ter assassinado a própria filha, Carla Carolina Abreu de Souza, 29 anos, pode voltar à prisão. Ao menos é o que pretende o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS).

O órgão ingressou com um recurso no Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS) pedindo a prisão preventiva da mãe da menina Kerollyn Souza Ferreira, 9 anos. A criança foi encontrada morta dentro de um contêiner de lixo no dia 9 de agosto, em Guaíba, na região metropolitana.

Corpo de menina de 9 anos foi encontrado dentro de contêiner de lixo em Guaíba | abc+



Corpo de menina de 9 anos foi encontrado dentro de contêiner de lixo em Guaíba

Foto: Instagram/Jornal O Guaíba

Carla havia sido presa no dia 10 de agosto, no entanto, foi solta após o fim do período previsto em lei para a prisão temporária. A Justiça negou o primeiro pedido de prisão preventiva.

Na sequência, a suspeita acabou indiciada pela Polícia Civil por maus-tratos com resultado morte e violência psicológica. No último dia 24 de setembro, Carla foi denunciada pelo MPRS por homicídio doloso (quando há intenção de matar) qualificado. A Justiça acatou o pedido, ela se tornou ré e segue respondendo em liberdade, sendo monitorada por tornozeleira eletrônica.

No que se refere ao recurso, pedindo a prisão preventiva, o promotor Rafael Riccardi afirmou que Carla descumpriu o dever legal de proteção, bem como criou o risco de morte da filha ao ministrar medicamento na criança. A mãe ainda foi denunciada por maus-tratos em relação à Kerollyn e a outros três filhos.

O pai da vítima, Matheus Lacerda Ferreira, também foi denunciado, mas por abandono material pelo fato de deixar de prover auxílio à subsistência da filha.

Contatos com as defesas

A reportagem do Grupo Sinos contatou a defesa de Carla, representada pelos advogados Thais Constantin e Welynton Noroefé. Em nota repassada à imprensa, eles afirmaram que recebeu a notícia do recurso com surpresa e preocupação. 

“Durante todo o curso na investigação ficou nítido que a perícia técnica não sustenta a linha investigativa. A defesa seguirá trabalhando pela absolvição de Carla, sustentando a inocência com o conteúdo de provas que já encontra dentro do processo e combatendo manobras acusatórias que buscam desviar das devidas responsabilidades tanto das instituições quanto das pessoas que foram omissas durante a vida e a morte de Kerollyn.” 

Em relação à defesa de Matheus, a reportagem não conseguiu contato e o espaço está igualmente aberto.

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