Foi presa na noite desta terça-feira (15) a mãe das gêmeas que morreram com um intervalo de oito dias em Igrejinha. Conforme a Polícia Civil, a mulher foi presa de forma temporária por suspeita de envolvimento na morte das filhas Manuela e Antônia Pereira. A investigação prossegue para esclarecer se houve crime. O pai das meninas foi ouvido e liberado.
A Polícia aguarda laudos do Instituto-Geral de Perícias (IGP). Procurado pela reportagem, o IGP afirmou que ainda não há previsão de liberação e que trabalha para finalizar todas as análises solicitadas.
Manuela morreu no último dia 7, ela foi levada sem vida ao Hospital Bom Pastor. O caso se repetiu com sua irmã gêmea, Antônia, que morreu na manhã desta terça-feira (15).
Ainda não se sabe o que causou a morte das crianças. Os corpos das duas meninas foram encaminhados para necropsia.
No caso desta terça, o Corpo de Bombeiros Voluntários de Igrejinha afirma que foi chamado pela polícia da por volta das 10h30. Ao chegar à residência, eles encontraram Antônia, com o pai, em parada cardiorrespiratória.
Foram feitas manobras de salvamento e ela foi levada pela equipe ao hospital. Segundo a instituição, ela já chegou morta à casa de saúde, assim como aconteceu com a irmã na semana passada.
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Ambas eram alunas de uma escola municipal.
“Não recebemos denúncias ou relatos de maus-tratos”
O colegiado do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comudica) de Igrejinha se posicionou por meio de nota no fim da tarde desta terça. Sobre o caso, disse que não há registros de qualquer tipo de violência contra as vítimas.
“Informamos que não recebemos denúncias ou relatos de maus-tratos envolvendo as gêmeas que faleceram, tampouco recebemos informações de falta de atuação do conselho tutelar ou da rede em acompanhamento deste caso em específico, que pudesse gerar a abertura de sindicância ou PAD [Processo Administrativo Disciplinar] por parte do Comudica.”
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A pasta reiterou ainda que teve conhecimento do caso por meio da imprensa, mas que irá “averiguar se houve, por parte do conselho tutelar, a violação do dever legal de proteger as infantes, nos termos da lei, pois não toleramos qualquer violação de direitos”.
“Confiamos nos trabalhos da Polícia Civil, do Ministério Público e do Poder Judiciário, que estão atuando nas investigações pertinentes, e estamos sempre atuando junto com a comunidade para que a lei seja cumprida”, concluiu.
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A Secretaria de Educação da cidade emitiu uma nota de pesar, também no fim da tarde. “Com imensa tristeza recebemos a notícia do falecimento da aluna da rede municipal de ensino fundamental”, escreveu. A pasta prestou as mesmas condolências na semana anterior, em função da morte da primeira menina.
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