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Justiça toma decisão sobre sobrinho suspeito de participação na morte de homem encontrado após incêndio

Antônio Carlos de Mello, 47 anos, foi encontrado sem vida dentro da própria casa, tomada pelas chamas no dia 16 de setembro

Publicado em: 08/10/2024 14:44
Última atualização: 08/10/2024 14:44

Um homem de 33 anos, suspeito de participar da morte do tio, Antônio Carlos de Mello, 47 anos, em Novo Hamburgo, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. A ordem foi expedida pelo juiz Ricardo Carneiro Duarte, da 2ª Vara Criminal de Novo Hamburgo, com base em um pedido formulado pela Polícia Civil. O Ministério Público deu aval à preventiva.


Câmera flagrou homem saindo pouco antes do fogo Foto: Reprodução

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Desde o dia 27 de setembro, o nome do suspeito consta em uma lista de procurados da Justiça em âmbito nacional. O pedido de prisão foi solicitado à Justiça após imagens de câmeras de segurança mostrarem o sobrinho saindo da residência do tio minutos antes de os vizinhos perceberem a casa de Antônio de Mello em chamas.


O cão vira-lata Chico ficou diante do imóvel durante toda a manhã

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Mello foi encontrado morto no interior do imóvel, localizado na Rua Condé de Figueira, no bairro Operário, no começo da manhã do dia 16 de setembro. Inicialmente, a suspeita era de que o homem havia morrido em decorrência de um incêndio que destruiu a casa toda. Contudo, as imagens trouxeram um novo rumo à investigação.

Ex-presidiário descumpriu medidas cautelares

Ao determinar a prisão do suspeito, o juiz observa que o mesmo apresenta antecedentes criminais graves e que descumpriu medidas cautelares relativas a uma outra decisão judicial. Em novembro do ano passado, o suspeito recebeu a liberdade provisória após ser preso por envolvimento com o tráfico de drogas, mas não cumpriu as ordens impostas pelo juiz.

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Com a suspeita de participar da morte do tio, o juiz entende que mantê-lo solto representa um risco à sociedade. “Caso solto, o investigado poderá encontrar estímulos em continuar a conviver à margem da sociedade organizada e ordeira. Um fato como o presente exige do Estado uma resposta imediata para acautelar e apaziguar a ordem pública”, escreveu o magistrado na ordem de prisão. O suspeito não é visto pela família desde a morte de Mello.

Polícia Civil prestes a concluir investigação

A Polícia Civil ainda segue com o inquérito policial aberto para apurar o caso. Nesta terça-feira (8), o delegado Tarcisio Lobato Kaltbach, chefe da 1ª Delegacia de Polícia (DP) de Novo Hamburgo, afirmou que a investigação está em fase de conclusão, e que somente após isso é que a Polícia fará a “devida divulgação” do resultado da apuração.

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A hipótese de o sobrinho ter relação com a morte do tio é algo que a Polícia trabalha desde a primeira semana de investigação, a partir do surgimento de imagens de câmeras de segurança. A filmagem revela uma movimentação suspeita na residência de Antônio Carlos de Mello já na noite anterior ao incêndio.

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A gravação mais reveladora é da manhã do dia 16 – dia do incêndio –, minutos antes da casa pegar fogo. Nas imagens, é possível ver um homem saindo do local carregando um objeto coberto por panos por volta das 6 horas. A televisão da residência sumiu do local. Cerca de 30 minutos depois, as imagens mostram um possível segundo indivíduo saindo da casa, desta vez com uma mochila nas costas e com o passo apressado. Logo após, vizinhos percebem o incêndio na residência.

A família acredita que ambos os indivíduos que aparecem no vídeo podem se tratar da mesma pessoa. Como não há imagens do homem voltando ao local, a investigação trabalha com duas hipóteses: uma que corrobora com a suspeita da família, em que o homem tenha pulado o muro de uma casa abandonada que fica ao lado residência, enquanto um segundo indivíduo esperava na esquina do endereço; e outra de que duas pessoas diferentes tenham saído da casa. 

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