A Justiça decretou a prisão preventiva do homem de 63 anos suspeito de estuprar a neta, de 21 anos, no dia de Natal, em Presidente Lucena.
A prisão foi decretada no dia 27 de dezembro pelo juiz Maurício da Rosa Ávila, da Vara Judicial de Ivoti, mas só se tornou pública nesta terça-feira (2). Antes disso, o mandado de prisão estava sob sigilo, pois a Polícia Civil de Ivoti trabalhava para tentar capturar o homem, que fugiu de casa após ser denunciado pela neta.
Antes de sair de casa, segundo a Polícia, o idoso telefonou à empresa onde trabalhava para pedir demissão. Entre os dias 28 e 29 de dezembro, agentes do Setor de Investigação da Polícia Civil realizaram buscas em hotéis e pousadas de Ivoti e região. A última informação obtida pelos policiais foi de que o homem saiu de casa e procuraria abrigo em um destes estabelecimentos até que conseguisse esclarecer os fatos à polícia. Entretanto, ele não foi mais localizado e agora está na lista do banco nacional de procurados da Justiça.
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O inquérito policial que apurou o caso foi concluído e encaminhado para a Justiça na última sexta-feira (29), com o indiciamento do homem por estupro de vulnerável. O idoso é natural de Macapá, capital do Amapá. Como existe a possibilidade de o homem ter fugido para seu estado natal, a Justiça e a própria Polícia irão emitir alertas aos órgãos judiciais e de segurança do Norte do País.
O nome do suspeito não foi divulgado para preservar a identidade da vítima.
Áudio foi crucial para Justiça decretar a prisão do idoso
A prisão preventiva do idoso foi solicitada pela Polícia Civil após as provas obtidas ao longo da investigação. Uma dessas provas é um áudio em que o idoso confessa o estupro. No áudio, o avô fala com outro homem e afirma que manteve relações sexuais com a neta, no dia 25 de dezembro, mas alega que o caso ocorreu de forma consentida. O suspeito afirmou, ainda, que a neta não teria reagido às suas investidas.
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Porém, não é isso que a investigação apurou. Para a Polícia, o idoso se aproveitou de um momento em que a neta estava em uma condição vulnerável e cometeu o estupro. Além disso, a própria vítima afirmou à Polícia que, assim que conseguiu se desvencilhar do avô, fugiu de casa e procurou ajuda na casa de amigos.
Relembre o caso
Na tarde de segunda-feira (25), dia de Natal, a jovem procurou a Brigada Militar para denunciar o avô por tê-la estuprado na casa da família, na localidade de Picada Schneider, em Presidente Lucena. O crime aconteceu no período da manhã, assim que a família chegou em casa após passar as comemorações natalinas, entre a noite do dia 24 e madrugada do dia 25, na casa de parentes.
Durante o cometimento do estupro, a vítima conseguiu se desvencilhar do acusado e fugir de casa. Ela procurou abrigo na casa de uma amiga e, juntas, foram até a sede da Brigada Militar da cidade. Entretanto, como não localizaram a guarnição de serviço, foram embora. Mais tarde, por volta das 16 horas, a vítima foi, novamente, convencida a denunciar o caso.
Desta vez, a BM foi acionada por telefone. Policiais foram até o endereço onde a vítima estava escondida e, com base no relato dela, realizaram buscas e encontraram o avô em casa. Ele negou a autoria do crime. Vítima e acusado foram conduzidos à DPPA de Novo Hamburgo. Antes disso, por conta do estupro, a jovem foi conduzida ao hospital de Ivoti, onde recebeu medicamentos de contracepção e para evitar doenças sexualmente transmissíveis.
O homem não foi autuado em flagrante, pois o delegado plantonista entendeu que o caso necessitava de investigações mais aprofundadas considerando os relatos divergentes entre as partes.
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