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VIROU RÉU

Justiça aceita denúncia contra médico do Samu pela morte da esposa em Canoas; saiba por quais crimes ele responderá

Patrícia da Rosa dos Santos, de 41 anos, foi encontrada morta no dia 22 de outubro

Ubiratan Júnior
Publicado em: 05/12/2024 às 18h:11 Última atualização: 05/12/2024 às 18h:11
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O caso do médico do Samu suspeito de matar a esposa em Canoas teve um novo desdobramento nesta quinta-feira (5). A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) contra André Lorscheitter Baptista, de 48 anos. Ele responderá pelos crimes de feminicídio e fraude processual.

André Baptista foi preso no dia 29 de outubro



André Baptista foi preso no dia 29 de outubro

Foto: Polícia Civil

A decisão é do juiz Diogo de Souza Mazzucatto Esteves, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Canoas. O magistrado acolheu o requerimento do MPRS e arquivou o inquérito policial em relação ao crime de furto contra o médico e em relação aos outros três indiciados que eram apontados na investigação como possíveis autores do delito de alteração do local dos fatos. 

A esposa dele, Patrícia da Rosa dos Santos, 41, foi encontrada morta na residência do casal no dia 22 de outubro, vítima de parada cardíaca. A investigação policial descobriu que a enfermeira havia sido dopada até a morte. A denúncia do MPRS reforça que a mulher com quem o réu tinha um filho de 2 anos morreu em decorrência de medicamentos que ele ministrava à vítima. Por conta da intoxicação, as doses provocaram a parada cardiorrespiratória. 

De acordo com o Tribunal de Justiça gaúcho, o caso foi enquadrado como feminicídio, crime autônomo (Art. 121 a do Código Penal) que passou a fazer parte do Código Penal em outubro deste ano, deixando de ser uma qualificadora do crime de homicídio. Com isso, o médico será julgado pela morte da esposa com aumento de pena: vítima ser mãe de uma criança (filha do acusado), menosprezo ou discriminação à condição de mulher, emprego de meio insidioso e veneno mediante recurso que dificultou a defesa de Patrícia. 

O processo tramita em segredo de justiça. Segundo o TJ, o médico será citado para apresentar resposta à acusação e depois será designada audiência de instrução e julgamento.

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