NOVO HAMBURGO

JOÃO COUTO: Médico chega de viatura-xadrez em audiência sobre mortes de pacientes

João Couto deve passar pelas duas primeiras audiências judiciais como acusado da morte de pacientes

Publicado em: 04/10/2024 11:35
Última atualização: 04/10/2024 11:50

Após mais de uma hora da previsão para o começo da audiência o médico João Batista do Couto Neto, 48 anos, chegou ao Foro de Novo Hamburgo nesta sexta-feira (4) em uma viatura-xadrez da Susepe. No decorrer do dia, ele deve passar pelas duas primeiras audiências judiciais como acusado da morte de pacientes.

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Chegada do médico João Couto ao foro de Novo HamburgoIsaías Rheinheimer/GES-Especial
Chegada do médico João Couto ao foro de Novo HamburgoIsaías Rheinheimer/GES-Especial

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O acusado saiu da Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan) e chegou para audiência precisamente às 11h20. A primeira audiência estava prevista para iniciar às 10 horas. As próximas audiências serão para as testemunhas de defesa. O réu só acompanhará. O interrogatório ficará para a última fase, antes de o juiz Flávio Curvello Martins de Souza decidir se Couto irá a júri.

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Prisão

No início do mês passado, o juiz decretou a prisão preventiva do médico sob argumento de que não estava cumprindo com as obrigações como réu. Por 13 vezes, segundo a decisão, a Vara do Júri tentou e não conseguiu intimar Couto para as audiências. Conforme os oficiais de justiça, ele nunca estava nos endereços informados. O médico foi encontrado e capturado no dia 10 de setembro, pela manhã, em um hotel no Centro de Novo Hamburgo.

Entenda o caso

Um dos médicos mais requisitados do Vale do Sinos para cirurgias de hérnia abdominal, Couto foi alvo de operação da 1ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo em dezembro de 2022. Os agentes apreenderam documentos, prontuários de pacientes e computadores.

Proibido por ordem judicial de fazer cirurgias, ele conseguiu registro profissional em São Paulo e passou a trabalhar no interior daquele estado. Em dezembro de 2023, já indiciado pela Polícia, foi capturado enquanto trabalhava no Hospital Municipal de Caçapava, a 600 quilômetros da capital paulista.

O advogado obteve liberdade provisória poucos dias depois. De volta a Novo Hamburgo, Couto foi novamente preso em setembro deste ano.

 

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