O advogado Brunno De Lia Pires, que atua na defesa do médico João Batista do Couto Neto, acusado de ser responsável pela morte de mais de 40 pacientes após procedimentos cirúrgicos, em Novo Hamburgo, tenta reverter a prisão preventiva do cliente, determinada pelo juiz local no dia 10 setembro, no Tribunal de Justiça (TJRS).
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Pires explica que ingressou com um pedido de habeas corpus no TJRS e aguarda o julgamento da medida. Para o advogado, a prisão é arbitrária, já que, segundo ele, seu cliente vinha cumprindo todas as determinações da Justiça.
A nova prisão de Couto foi determinada após tentativas fracassadas da Justiça de intimar o acusado para audiências.
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O criminalista espera que o TJRS analise em breve o habeas corpus no âmbito do colegiado. “Logo depois dessa audiência, acredito que não tenhamos nenhuma novidade. Mas a nossa expectativa é pela soltura dele [João Couto] quando for pautado o pedido no TJ”, conta.
O escritório de advocacia que cuida dos interesses do médico já tem uma estratégia para livrar João Couto das acusações. “Por enquanto, não vamos falar sobre essas teses, mas já temos uma linha de defesa para evitar eventuais condenações”, afirma Brunno De Lia Pires.
Audiência começou com mais de uma hora de atraso
Nesta sexta-feira (4), no Fórum de Novo Hamburgo, inicia a fase de instrução de processos em que o médico João Couto é acusado da morte de dois pacientes. Essa fase processual consiste na tomada de depoimentos de testemunhas e termina com o interrogatório do réu.
Somente após a tramitação dessa etapa é que o juiz do caso, Flávio Curvello Martins de Souza, decidirá se Couto será submetido a julgamento popular ou se os processos tomarão outro rumo.
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A primeira audiência estava prevista para iniciar às 10 horas, mas os atos iniciaram cerca de um hora e meia depois devido ao atraso da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) na condução do médico preso até Novo Hamburgo. João Couto cumpre a prisão preventiva na Penitenciária de Canoas (Pecan).
“O processo está andando dentro da normalidade, e espero que seja respeitado o amplo direito à defesa. O processo seguirá agora com a oitiva [depoimento] de todas as testemunhas [de acusação e defesa]”, expõe Pires.
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