A família do aposentado Antônio Carlos de Mello, 47 anos, que foi encontrado morto dentro de casa após um incêndio que destruiu o imóvel, no último dia 16, está aflita sobre o possível envolvimento do sobrinho da vítima no caso.
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Na última quinta-feira (19), a divulgação de imagens de câmeras de segurança revelaram movimentações suspeitas na residência em que o homem residia com a mãe, de 84 anos, na Rua Condé de Figueira, no bairro Operário, em Novo Hamburgo.
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Pelas imagens, na manhã em que o incêndio foi registrado, é possível ver um homem saindo do local carregando um objeto coberto por panos por volta das 6 horas. A televisão da residência sumiu do local. Cerca de 30 minutos depois, as imagens mostram um possível segundo indivíduo saindo da casa, desta vez com uma mochila nas costas e com o passo apressado. Logo após, vizinhos percebem o incêndio na residência.
A família acredita que ambos os indivíduos que aparecem no vídeo podem se tratar da mesma pessoa. Como não há imagens do homem voltando ao local, a investigação trabalha com duas hipóteses: uma que corrobora com a suspeita da família, em que o homem tenha pulado o muro de uma casa abandonada que fica ao lado residência e pulado o muro, enquanto um segundo indivíduo espera na esquina do endereço; e outra de que duas pessoas diferentes tenham saído da casa.
Sobrinho é reconhecido por familiares
As imagens foram levadas à Polícia Civil pela família de Mello. Os familiares reconheceram um dos homens flagrados como sendo um sobrinho da vítima. “Olha, 99% de certeza que sim, é o [nome do suspeito]. A gente só não consegue ver o rosto, mas o porte físico, o jeito de caminhar, é dele”, afirma uma das irmãs de Antônio Carlos de Mello e tia do suspeito.
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A mulher, que aceitou conversar com o ABCmais sem ter o nome divulgado, destaca que vizinhos viram o sobrinho no local já na noite anterior ao crime, o que reforça ser ele a pessoa que aparece nas imagens de câmeras de segurança. A gravação que mostra o sobrinho entrando e saindo da casa na noite anterior ao incêndio também já estão em poder da Polícia.
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A Polícia confirma que trabalha com essa hipótese a partir de denúncias feitas pelos próprios familiares. Nesta segunda-feira (23), o delegado Tarcísio Lobato Kaltbach, chefe da 1ª Delegacia de Polícia (DP) de Novo Hamburgo, informou que as investigações prosseguem.
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“A gente quer que a Polícia pegue ele o quanto antes”
A irmã da vítima conta que o possível envolvimento do sobrinho na morte do tio muda completamente o entendimento sobre os fatos. “O que era tratado como uma fatalidade, um incêndio com morte, se revela uma brutalidade familiar”, expõe.
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A irmã conta que a família não tem medo do sobrinho, mas espera que a Polícia elucide o caso o quanto antes. “A gente quer que a Polícia pegue ele o quanto antes. Não temos medo, a gente quer justiça. Não se mata uma pessoa para roubar”, afirma. O homem não é visto desde então.
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A mulher conta que os indícios entristeceram a família e que a participação do neto deixou a mãe de Mello conturbada. “Tiraram tudo da minha mãe. Não só as coisas [bens materiais], mas a vida do único filho que morava com ela. Minha mãe ficou muito revoltada. Nada vai apagar o que estamos sentindo, mas queremos que o caso não fique impune”, conclui.
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