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Investigação em clube de tiro de Novo Hamburgo tem prisões, bloqueio de R$ 66 milhões, apreensão de armas e modelos de luxo da BMW e Land Rover

Ação policial cumpriu mais de 60 mandados em cidades dos vales Sinos, Caí e Paranhana, além de Gravataí e São Paulo

Juliano Piasentin
Publicado em: 30/08/2024 às 10h:36 Última atualização: 30/08/2024 às 10h:49
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A Operação Arsenal, deflagrada na manhã desta sexta-feira (30), apreendeu 60 armas e mais de 5 mil munições irregulares em um clube de tiro localizado no bairro Operário, em Novo Hamburgo. Conforme a Polícia Civil, o proprietário servia como laranja de uma facção criminosa do Vale do Sinos, visando à lavagem de dinheiro. “Todo espólio é um capital do crime organizado”, explica o delegado Ayrton Martins.

Além das armas e munições, cerca de 20 veículos foram apreendidos, entre eles modelos de luxo, como BMW’s e Land Rover’s. Mais de 60 mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Vale do Sinos, Vale do Caí, Vale do Paranhana, Porto Alegre, Gravataí e São Paulo. Durante o cumprimento, cerca de R$ 66 milhões acabaram bloqueados.

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Operação Arsenal em Novo Hamburgo  | abc+



Operação Arsenal em Novo Hamburgo

Foto: Juliana Flor/ GES-Especial

O delegado também confirmou que o suspeito é morador de Novo Hamburgo. “O local foi adquirido pela facção por conta de dívidas do antigo proprietário, que seria usuário de cocaína. Então acabou obrigado pelos criminosos a se desfazer da empresa.” Martins revela que antes da venda, o clube de tiros já havia sido alvo da Polícia.

“No período da pandemia, esse antigo proprietário, acabou praticando o crime de estelionato. Armas foram vendidas e os clientes nunca receberam a mercadoria, isso foi investigado pela 2ª DP de Novo Hamburgo”, relata o delegado.

Armas apreendidas em Novo Hamburgo  | abc+



Armas apreendidas em Novo Hamburgo

Foto: Juliana Flor/ GES-Especial

Após vender a empresa, que passou a ser controlada pelo crime organizado, as vítimas do estelionato foram indenizadas. “Porém o local passou a ser utilizado para lavagem de dinheiro. Nós comprovamos a movimentação atípica, exatamente no período em que foi feita a negociação.”

Cinco pessoas foram presas até as 9h30. As prisões aconteceram em Canoas, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Montenegro e Porto Alegre.

A reportagem busca contato com a defesa dos investigados. O espaço está aberto para manifestação.

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