A Operação Arsenal, deflagrada na manhã desta sexta-feira (30), apreendeu 60 armas e mais de 5 mil munições irregulares em um clube de tiro localizado no bairro Operário, em Novo Hamburgo. Conforme a Polícia Civil, o proprietário servia como laranja de uma facção criminosa do Vale do Sinos, visando à lavagem de dinheiro. “Todo espólio é um capital do crime organizado”, explica o delegado Ayrton Martins.
Além das armas e munições, cerca de 20 veículos foram apreendidos, entre eles modelos de luxo, como BMW’s e Land Rover’s. Mais de 60 mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Vale do Sinos, Vale do Caí, Vale do Paranhana, Porto Alegre, Gravataí e São Paulo. Durante o cumprimento, cerca de R$ 66 milhões acabaram bloqueados.
LEIA MAIS: Identificado jovem encontrado morto dentro de casa em Novo Hamburgo
O delegado também confirmou que o suspeito é morador de Novo Hamburgo. “O local foi adquirido pela facção por conta de dívidas do antigo proprietário, que seria usuário de cocaína. Então acabou obrigado pelos criminosos a se desfazer da empresa.” Martins revela que antes da venda, o clube de tiros já havia sido alvo da Polícia.
“No período da pandemia, esse antigo proprietário, acabou praticando o crime de estelionato. Armas foram vendidas e os clientes nunca receberam a mercadoria, isso foi investigado pela 2ª DP de Novo Hamburgo”, relata o delegado.
Após vender a empresa, que passou a ser controlada pelo crime organizado, as vítimas do estelionato foram indenizadas. “Porém o local passou a ser utilizado para lavagem de dinheiro. Nós comprovamos a movimentação atípica, exatamente no período em que foi feita a negociação.”
Cinco pessoas foram presas até as 9h30. As prisões aconteceram em Canoas, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Montenegro e Porto Alegre.
A reportagem busca contato com a defesa dos investigados. O espaço está aberto para manifestação.
LEIA TAMBÉM