Após a chacina que ocorreu em frente a um condomínio na Avenida Bento Gonçalves, no bairro Rio Branco, em Rolante, na madrugada de domingo (1º), o chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, delegado Fernando Sodré, afirma que pretende dar uma resposta rápida e eficaz ao caso.
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Conforme o delegado, a Polícia Civil e a Brigada Militar já estão desde o início da investigação trabalhando em conjunto na cidade.
Assim que ocorreu o fato, em que quatro encapuzados vestidos de policiais federais executaram quatro homens em via pública, o chefe da Polícia Civil afirma que imediatamente deslocou todas as equipes para Rolante. “Nós mandamos o Departamento de Homicídios com dez policiais e mais um delegado, além das equipes da Brigada Militar, que se deslocaram para lá, e do choque. Nós vamos trabalhar dia e noite até esclarecer o crime”, reforça Sodré.
Falta de efetivo preocupa população
Questionado sobre a falta de agentes de segurança na cidade, o que gera preocupação na comunidade, ele explica que a falta de efetivo é uma dificuldade em nível estadual. “Os recursos financeiros, obviamente, são limitados em qualquer estado. Então, nós temos que trabalhar com os efetivos que a gente tem, mas intensificamos os esforços para que consigamos atender da melhor forma as comunidades”, afirma Sodré.
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O chefe da Polícia Civil frisa que evitar que crimes aconteçam é impossível, porque a Polícia não está em todos os lugares todo o tempo. “Mas a responsabilização e a manutenção da ordem é feita”, garante Sodré. Sobre o ocorrido em Rolante, o delegado lamenta: “Infelizmente aconteceu isso agora, grave, mas não é o normal. O normal é acontecer poucos crimes naquela cidade.”
O que já se sabe
A investigação aponta que os suspeitos de praticarem a ação não são de Rolante e foram até o local para executar os quatros homens. “Eles são de fora e foram para lá para isso, por causa de conflito entre esses grupos”, afirma o chefe da Polícia Civil.
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O fato do crime organizado estar se expandindo para cidades fora da região metropolitana preocupa moradores. Questionado sobre a possibilidade desse tipo de atividade estar tomando conta de Rolante e outras cidades do Paranhana, Sodré afirma que tem a ver com a criminalidade organizada, por se tratar de um conflito entre dois grupos criminosos por disputa de território. No entanto, outras motivações não são descartadas.
“Não há nada [do crime organizado] ‘tomar conta’ do Vale do Paranhana. O que acontece ali é que esses grupos, eventualmente, se desentendem ou resolvem ocupar o território um do outro por causa da venda de drogas e resolvem se agredir. Não há um descontrole na segurança pública, nem na região, nem na cidade”, pondera. Conforme Sodré, os índices estão todos baixos em matéria de homicídio e todos os outros crimes.
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Os crimes violentos são ostensivamente praticados para marcar posição e para desafiar a segurança pública. “Por isso que nós temos certeza, vamos dar uma resposta rápida e eficaz para esse caso, como foi dado para o caso do crime ocorrido em Canela, onde houve um tiro na praça principal da cidade”, reforça o delegado Sodré.
Motivação do ataque em frente ao condomínio
Sodré acredita que o local do crime foi escolhido por se tratar de um lugar público, para intimidar. “A gente sabe que eles queriam deixar visível para as pessoas e, principalmente, para o grupo rival. O recado que eles estavam querendo dar para o outro grupo foi a violência”, completa.
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