Três influencers que divulgavam essência de maconha adulterada para cigarros eletrônicos foram presas, pela Polícia Civil do Distrito Federal, na manhã desta quarta-feira (24).
As prisões fazem parte de uma operação policial do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) contra um grupo criminoso por lavagem de dinheiro, tráfico internacional de drogas e crimes contra a saúde pública.
Ela está sendo deflagrada no Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal, em colaboração entre as polícias civis dos três estados.
Prisões
No estado carioca, os policiais civis da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) cumpriram dois madados. Um de prisão e outro de busca e apreensão.
Já no DF, a Operação Refil Verde da PC cumpriu 12 mandados de busca e apreensão e nove de prisão nos três estados. Além disso, três influencers que participavam do esquema divulgando as essências foram presas na Capital brasileira.
“Até o momento, as equipes prenderam três pessoas no Distrito Federal, uma no Rio de Janeiro e três em São Paulo”, informou a PCDF.
A investigação apontou que os líderes do grupo ficavam no interior de São Paulo e não tinham contato direto com as drogas.
Os integrantes responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro, associação criminosa, falsificação de documento público e uso de documento falso.
Rota
A droga era colocada em potes de cera de depilação para ser enviada ao Brasil, onde chegava pelo Paraguai. O óleo de cannabis era comprado em grande quantidade de fornecedores dos Estados Unidos.
O produto saía de Foz do Iguaçu direto para São Paulo capital, onde era manipulado por alguns integrantes do grupo. Eles colocavam em refis de cigarros eletrônicos, frascos de canabidiol (CBD), entre outros para armazenamento.
Os insumos para fazer os produtos vinham da China e do RJ. Eles tinham até uma logomarca personalizada, usada pelo esquema criminoso, ao serem enviados.
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Influenciadores ajudavam nas vendas
Os produtos eram anunciados em websites e em contas em redes sociais. Para expandir as vendas, o esquema contratava influenciadores digitais de partes diferentes do País.
Além de influencers, profissionais de tecnologia da informação (TI) do RJ também foram contratados, para serem responsáveis pelas plataformas online usadas para venda.
Eles automatizaram os pagamentos, além de usarem documentos e dados falsos para “contato” com os bancos, participando na lavagem de dinheiro.
Os produtos eram enviados para traficantes e usuários por uma empresa privada, com a qual tinham um contrato, e pelos Correios.
O grupo usava as redes socais “para obter lucros milionários”, expandindo a rede de contatos, incluindo pessoas de fora do País. Além disso, eles tinham websites e redes sociais reservas “para o caso de queda de algum recurso em virtude da ação policial”, segundo a PCDF.
Criminosos usavam tecnologia deepface
Para lavar o dinheiro vindo da venda das drogas, eles adquiriam contas bancárias de outras pessoas, usavam empresas fantasmas e documentos falsos.
Eles também utilizavam a tecnologia chamada de deepface para burlar as camadas de segurança de aplicativos bancários. Essa tecnologia se baseia em algorítimos e Inteligência Artificial (IA) para simular um rosto real.
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