CRIME BRUTAL

Indícios de autoria fazem Justiça tomar decisão sobre prisão de ex de mulher enterrada em pátio

Corpo de Edilene Silveira Sartori, 38, foi encontrado no começo desta semana

Publicado em: 05/11/2024 15:43
Última atualização: 05/11/2024 15:44

A prisão em flagrante do suspeito de matar Edilene Silveira Sartori, 38 anos, foi convertida em preventiva. A decisão, publicada na tarde desta segunda-feira (4), é do juiz Marcos La Porta da Silva, do Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp).

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Edilene Silveira Sartori acabou sendo brutalmente assassinada em Canoas Foto: ARQUIVO PESSOAL

O corpo da vítima, com marcas de golpes de faca, foi encontrado na madrugada de segunda-feira, enterrado no porão de uma casa que fica no mesmo terreno da residência onde o investigado reside, no bairro Nossa Senhora das Graças, em Canoas.

Ao analisar o flagrante pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver, o magistrado afirma que estão presentes indícios de autoria e de materialidade, bem como filmagens, fotografias dos pertences pessoais da vítima e depoimentos colhidos.

"Entendo necessária a manutenção da prisão do custodiado para garantia da ordem pública, bem como para a devida instrução do inquérito policial", diz o magistrado.

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Segundo a Polícia Civil, caso surgiu na madrugada da última sexta-feira (1º), quando o homem procurou a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Canoas para registrar o desaparecimento da ex. Os policiais de plantão suspeitaram da atitude do homem. Uma equipe foi encaminhada até a casa dele e encontrou a mulher morta. Ela estava enterrada no pátio da casa na madrugada desta segunda.

“Ela foi encontrada enterrada no pátio da casa dele”, explica a delegada Angélica Giovanella Marques, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Canoas. “Inclusive, ele confessou o crime e deu detalhes.”

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Desentendimento seguido de assassinato

Aos policiais, o assassino confesso relatou que recebeu Edilene na noite de sexta-feira. Ele consumiu drogas, e então, começou a discutir com a vítima. A briga avançou para violência e morte.

“Ele consumiu drogas e, em um rompante, ficou indignado com algo que ela cobrou. Então discutiram e instantes depois passou a agredi-la”, esclarece. “Pegou uma faca e passou a golpeá-la até a morte.”

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Conforme a delegada, foram encontradas 15 marcas de golpes pelos peritos. A maioria no abdômen e pescoço, além de algumas nos braços, que deixam claro que a vítima lutou para se defender. “Os policiais e peritos desenterraram o corpo, então tinha muita terra, mas é quase certeza que o laudo final deve apontar um número maior de facadas, porque ele mesmo admitiu que a golpeou muitas vezes.”

O trabalho do Instituto-Geral de Perícias (IGP) revelou que, além da faca, foi usada uma anilha de ferro, comum em academias, contra a vítima. Edilene tinha, pelo menos, duas marcas na cabeça. “Foram quinze facadas, mais golpes com anilha de ferro na cabeça”, apontou.

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