A prisão em flagrante do suspeito de matar Edilene Silveira Sartori, 38 anos, foi convertida em preventiva. A decisão, publicada na tarde desta segunda-feira (4), é do juiz Marcos La Porta da Silva, do Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp).
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O corpo da vítima, com marcas de golpes de faca, foi encontrado na madrugada de segunda-feira, enterrado no porão de uma casa que fica no mesmo terreno da residência onde o investigado reside, no bairro Nossa Senhora das Graças, em Canoas.
Ao analisar o flagrante pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver, o magistrado afirma que estão presentes indícios de autoria e de materialidade, bem como filmagens, fotografias dos pertences pessoais da vítima e depoimentos colhidos.
“Entendo necessária a manutenção da prisão do custodiado para garantia da ordem pública, bem como para a devida instrução do inquérito policial”, diz o magistrado.
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Segundo a Polícia Civil, caso surgiu na madrugada da última sexta-feira (1º), quando o homem procurou a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Canoas para registrar o desaparecimento da ex. Os policiais de plantão suspeitaram da atitude do homem. Uma equipe foi encaminhada até a casa dele e encontrou a mulher morta. Ela estava enterrada no pátio da casa na madrugada desta segunda.
“Ela foi encontrada enterrada no pátio da casa dele”, explica a delegada Angélica Giovanella Marques, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Canoas. “Inclusive, ele confessou o crime e deu detalhes.”
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Desentendimento seguido de assassinato
Aos policiais, o assassino confesso relatou que recebeu Edilene na noite de sexta-feira. Ele consumiu drogas, e então, começou a discutir com a vítima. A briga avançou para violência e morte.
“Ele consumiu drogas e, em um rompante, ficou indignado com algo que ela cobrou. Então discutiram e instantes depois passou a agredi-la”, esclarece. “Pegou uma faca e passou a golpeá-la até a morte.”
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Conforme a delegada, foram encontradas 15 marcas de golpes pelos peritos. A maioria no abdômen e pescoço, além de algumas nos braços, que deixam claro que a vítima lutou para se defender. “Os policiais e peritos desenterraram o corpo, então tinha muita terra, mas é quase certeza que o laudo final deve apontar um número maior de facadas, porque ele mesmo admitiu que a golpeou muitas vezes.”
O trabalho do Instituto-Geral de Perícias (IGP) revelou que, além da faca, foi usada uma anilha de ferro, comum em academias, contra a vítima. Edilene tinha, pelo menos, duas marcas na cabeça. “Foram quinze facadas, mais golpes com anilha de ferro na cabeça”, apontou.
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