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NOVO HAMBURGO

IGP detalha reconstituição do caso de homem que atirou bebê para fora de carro e atropelou ex

Além do acusado, vítima e testemunhas também participaram da simulação

Dário Gonçalves
Publicado em: 09/09/2024 às 18h:12 Última atualização: 09/09/2024 às 20h:24
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A reconstituição do crime em que um homem de 40 anos teria atirado o filho de 11 meses para fora do carro e atropelado a ex-mulher, 25, em fevereiro deste ano, durou cerca de duas horas, na tarde desta segunda-feira (9). A simulação foi feita na Rua Alcântara, bairro Canudos, e teve a participação do acusado, da vítima e de três testemunhas. Os depoimentos, contudo, começaram às 9h30 da manhã.

Polícia Civil e Instituto Geral de Perícias (IGP) fazem reconstituição de caso onde homem é acusado de bebê de carro e atropelar ex-mulher  | abc+



Polícia Civil e Instituto Geral de Perícias (IGP) fazem reconstituição de caso onde homem é acusado de bebê de carro e atropelar ex-mulher

Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

A equipe do Departamento de Criminalística do Instituto Geral de Perícias (IGP) explicou que a reconstituição, também conhecida como reprodução simulada dos fatos, busca compreender as circunstâncias do crime com maior precisão. “O objetivo é entender um pouco do que aconteceu aqui em Canudos. Esse exame nos permite ouvir a versão dos envolvidos e fazer a versão de cada um no local. Cada um demonstrou individualmente o que acompanhou dos fatos, para depois fazermos uma análise pericial e uma comparação entre essas versões”, afirmou uma representante do IGP.

A primeira pessoa a participar da reconstituição foi justamente a vítima, mas sem ter contado com o ex-companheiro. Em seguida, durante a simulação, o acusado apresentou sua versão dos eventos, enquanto a equipe do IGP, acompanhada da Polícia Civil, observou e registrou as discrepâncias e concordâncias entre as versões apresentadas. Por fim, as testemunhas foram ouvidas e detalharam o que presenciaram.

A equipe do IGP também enfatizou que a análise das versões e a comparação entre elas são fundamentais para esclarecer a dinâmica do crime, mas que nenhum detalhe pode ser revelado por enquanto. “A Susepe trouxe o acusado para fazer a reprodução simulada. Ele apresentou a versão dele, algemado o tempo, todo e depois foi recolhido novamente ao presídio. A partir disso, faremos a comparação entre as versões”, explicou a representante.



O processo ainda está em andamento, e não há uma data definida para a conclusão do exame. Após a análise das versões, o resultado será encaminhado para a Delegacia de Polícia Especializada no Atendimento à Mulher de Novo Hamburgo (Deam) para continuidade das investigações. O homem foi indiciado por tentativa de feminicídio contra a mulher e tentativa de homicídio triplamente qualificado contra o filho – por ser menor de 14 anos, por motivo torpe e uso de meio que dificultou a defesa das vítimas.

População acompanha de perto

Embora um trecho da rua Alcântara tenha sido bloqueado para que a simulação pudesse ocorrer, cerca de 200 metros da Avenida dos Municípios, moradores puderam observar toda a ação do outro lado do córrego que corta o bairro Canudos.

Ao presenciarem os fatos, cada vez que o réu aparecia, populares proferiam xingamentos como “tem que fazer o mesmo com ele”, “monstro” e “deixa ele aqui com a gente”. Em determinado momento, agentes do IGP chegaram a pedir que a população diminuísse o tom para que pudessem gravar os depoimentos.

“Libera ele pra gente. Deixa a gente conversar com ele, não precisa nem largar pros homens, só aqui pra gente”, gritava um grupo de mulheres. “Esse homem não pode ser solto. Tenho um filho de oito anos que eu morreria por ele, nunca deixaria alguém fazer mal a ele”, disse um morador. “Eu não sei o que aconteceu, então não posso julgar”, comentou uma moradora.

Ao menos dois familiares do preso, identificados pela população, também presenciaram a reconstituição, mas permaneceram quietas e foram embora assim que a Polícia Penal deixou o local com o preso. No dia do crime, o homem foi preso em flagrante após ser agredido por moradores que presenciaram as tentativas de homicídio e de feminicídio.

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