BUSCAS NA REGIÃO
Homem que veio do Nordeste para trabalhar em Novo Hamburgo não é visto há mais de dez dias
Jean Cledes da Silva Alves, 29 anos, atuava na construção civil e desapareceu após sair de alojamento
Última atualização: 12/03/2024 11:00
Já se passaram mais de 10 dias desde que o trabalhador Jean Cleldes da Silva Alves, 29 anos, foi visto pela última vez em Novo Hamburgo. Natural de Pernambuco, Jean deixou a cidade de Afogados e foi encontrar a irmã Maria Gislaine, que mora em Osasco, na grande São Paulo. De lá partiu para o Vale do Sinos visando buscar emprego.
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Desde janeiro o nordestino morava em um alojamento no bairro Canudos e trabalhava no ramo da construção civil. “Ele tem problemas com alcoolismo”, explica a irmã, que registrou um boletim de ocorrência por conta do sumiço de Jean. Conforme Maria Gisleine, a empresa está prestando auxílio nas buscas e inclusive espalhando cartazes com a foto do irmão. “Não posso me queixar disso.”
Funcionário da empresa em que Jean estava trabalhando desde o dia 2 de janeiro, Cristiano Pinheiro afirmou que acompanha de perto o caso envolvendo o funcionário. “No dia 20 de janeiro levei ele na UPA [Unidade de Pronto Atendimento] já que estava com dor de barriga. No dia seguinte levei ele novamente, estava mal e não conseguiu trabalhar.”
No entanto, apesar de permanecer dois dias debilitado, Jean não faltou mais na sequência. “Até 9 de fevereiro, depois foi falta atrás de falta até o dia 15. Mas, até então, ele estava no alojamento, ia ao local todos os dias.” E desta vez, Jean não foi ao médico. “Não quis ir, já que tem problemas causados pelo alcoolismo. Então não era um caso de UPA.”
B.O e buscas
Além da irmã do trabalhador, Pinheiro também efetuou um boletim de ocorrência na Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA) de Novo Hamburgo. Jean foi visto pela última vez na rua Guilherme Vielitz. Segundo a irmã, não possuía perfis em redes sociais, além de ter saído apenas com a carteira. “Deixou todos os pertences no alojamento, nem o celular levou”, relata.
Jean vestia uma bermuda, camiseta e chinelo e a princípio estava sozinho. Pinheiro, que cuida do administrativo da empresa, reiterou que o pagamento do mês ainda não havia sido realizado. Em caso de informações sobre o paradeiro do trabalhador, a Polícia Civil ou a Brigada Militar devem ser procuradas.
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP). A reportagem buscou contato com os delegados responsáveis e não obteve retorno até a publicação desta matéria. O canal segue aberto para manifestações.