O caso da mulher encontrada morta sobre uma pilha de roupas três dias após o crime, em junho de 2022, teve um desfecho na última semana.
Em júri popular realizado no dia 20, Wagner Luiz Betanin, 44 anos, foi condenado a 15 anos de prisão pela morte da companheira, Angelica Aparecida Cidade da Silva, 46. Ela era natural de Novo Hamburgo e morava com o acusado há um ano e meio, em Porto Alegre.
Betanin, que está preso desde o dia 14 de junho de 2022, seguirá cumprindo a pena em regime fechado. O Ministério Público não deve recorrer da decisão dos jurados.
De acordo com a denúncia, realizada pelo promotor Eugênio Paes Amorim, o acusado matou a companheira após uma briga de casal, na casa onde residiam no bairro Santa Tereza, na zona sul da Capital. Angelica foi estrangulada por Betanin com um lenço [echarpe] que usava sobre os ombros.
Descoberta aconteceu após colegas da vítima denunciarem sumiço
A Polícia Civil descobriu o feminicídio após colegas de trabalho de Angelica denunciarem seu sumiço. A vítima trabalhava em um restaurante e sua ausência no serviço gerou desconfiança dos colegas, que acionaram a Polícia.
Durante as buscas, policiais da 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher da Capital foram até o endereço em que Angelica residia e encontraram Betanin. Ao questionarem sobre o paradeiro da companheira, o homem informou que ela estava no imóvel, morta.
Em seguida, Betanin levou os policiais até um dos cômodos do imóvel, onde ele deixou o corpo sobre a pilha de roupas. Durante a investigação, a Polícia descobriu que Angelica tentou pedir socorro três dias antes de o corpo ser encontrado. Vizinhos ouvidos no inquérito policial afirmaram que escutaram gritos da vítima, mas acreditavam ser apenas mais uma briga do casal.
Angelica era mãe de quatro filhos, que estavam sob a tutela do pai à época. Na noite em que foi morta, segundo a Polícia, a vítima teria enviado uma mensagem em tom de despedida aos filhos.
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