Foi no dia 19 de outubro de 2021 que a Polícia Federal (PF) desencadeou a batizada Operação Tavares, mirando uma organização criminosa responsável pela produção de cigarros no Rio Grande do Sul para serem vendidos no sul do Estado e também no Uruguai.
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Na época, a PF investigou a atuação de um “empresário” que contrataria mão de obra análoga à escravidão. Ele traria trabalhadores do Paraguai e Uruguai para atuar como “funcionários” em uma empresa clandestina de tabaco, mantendo-os enclausurados no subsolo da empresa.
O suposto empresário de 41 anos acabou sendo assassinado com pelo menos 14 tiros durante um atentado organizado por criminosos fortemente armados, na tarde desta quarta-feira (14), em frente ao Hospital Universitário (HU) de Canoas, na Avenida Farroupilha, no bairro São José.
A informação foi confirmada nesta quinta (15) pela Polícia. A vítima, identificada como o paranaense Moacir José Machado, também possui passagens por porte ilegal de arma de fogo, assassinato, corrupção de menores, ameaça, associação criminosa e crimes contra a ordem tributária.
O caso é investigado pela Polícia Civil e, embora não exista ainda um suspeito para o crime, já não restam dúvidas para o Departamento Estadual de Homicídios que se trata de uma execução ligada ao crime organizado. Um grupo de atiradores teria sido visto no local.
À reportagem, o delegado Arthur Hermes Reguse, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas, disse não poder dar qualquer declaração devido ao silêncio da categoria, medida tomada como reivindicação ao Estado por reajuste salarial.
Procurado
Conforme o 15º Batalhão da Polícia Militar (BPM), o paranaense Machado era um dos 79 brasileiros procurados pela Justiça Brasileira que estão na Difusão Vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).
A Difusão Vermelha da Interpol é uma ferramenta de cooperação policial internacional que ajuda a localizar pessoas procuradas pela Justiça para fins de extradição. Isso porque, embora visto em Triunfo, no interior gaúcho, ainda no ano passado, a suspeita era de que Machado estava fora do País.
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