TENTATIVA DE FEMINICÍDIO

Homem é condenado por tentar matar ex-namorada na frente da filha dela em Cachoeirinha

Dias antes de ser esfaqueada na presença da criança de 3 anos, mulher havia solicitado medida protetiva de urgência e teve o pedido negado

Publicado em: 24/10/2024 17:12
Última atualização: 24/10/2024 17:14

Um foi condenado por tentar matar a ex-namorada na frente da filha de 3 anos dela em Cachoeirinha. O julgamento aconteceu nesta quarta-feira (23) na cidade da região metropolitana de Porto Alegre. O réu também foi condenado por furtar o celular da vítima.


Fórum da Comarca de Cachoeirinha Foto: Reprodução/Google Maps

O crime aconteceu no dia 7 de setembro do ano passado, quando segundo a denúncia do Ministério Público, o homem invadiu a casa da vítima, alcoolizado, tomou o celular dela e a esfaqueou diversas vezes nas costas, na cabeça e na mão. Tudo isso na frente da filha da ex, que estava escondida atrás da cama.

Leia mais: Morre segundo PM baleado por atirador de Novo Hamburgo

A Brigada Militar foi acionada por vizinhos que escutaram os gritos. O agressor fugiu pela porta dos fundos da residência. De acordo com a promotora Anita Spies da Cunha, eles tiveram um relacionamento por cerca de 2 meses e réu não aceitava o término.

Dias antes desse fato, em 1º de setembro, o homem já havia esganado a mulher. Ela solicitou medidas protetivas de urgência, que foram negadas pelo juiz plantonista de Cachoeirinha, que segundo o MP, alegou que a situação não passava de uma briga de casal e que a medida protetiva poderia resultar "em nota irreversível a essa família".

Veja também: Marido que matou catequista dentro de igreja vai a júri nesta quinta-feira em Estância Velha

Para a promotora se o pedido de proteção da vítima tivesse sido aceito, o crime poderia ter sido evitado. “Sem a medida protetiva, a vítima ficou desamparada. O crime poderia ter sido evitado, já que o réu ficou bastante tempo em frente à casa antes de invadir. Nesse meio tempo, se houvesse a medida protetiva de urgência, ela poderia ter chamado a Brigada Militar e ele teria sido preso”, enfatiza Anita.

O réu foi sentenciado a 19 anos e 18 dias de prisão pelo feminicídio tentado e 1 ano e dois meses pelo furto. 

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Matérias Relacionadas