A morte de Paula Janaína Ferreira Melo, de 25 anos, grávida de 9 meses, em Porto Alegre, causou grande comoção nesta semana. A suspeita, uma mulher de 42 anos, foi presa em flagrante nesta quarta-feira (16). Na tarde de quarta, a Justiça decretou a prisão preventiva da acusada de matar a grávida e o feto. A decisão foi proferida pelo Juiz de Direito André Vorraber Costa, em audiência de custódia realizada no Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp).
A jovem criava duas crianças com o companheiro: a filha de 9 anos e uma sobrinha, 4. A delegada Graziela Zanelli explica que a mãe da vítima e a suspeita moram no mesmo condomínio, no bairro Mario Quintana. Como Paula, que também morava no mesmo bairro, costumava visitar a mãe no residencial, a suspeita se aproximou da gestante oferecendo presentes para o enxoval do bebê.
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A Polícia acredita que o crime foi premeditado, pois a acusada estava há dois meses simulando uma gravidez para a família. O companheiro da autora do crime foi ouvido e afirmou que acreditava que seria pai, pois a mulher mostrava imagens de ultrassom para ele e para os demais parentes. A delegada afirma que os exames eram retirados da Internet.
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Semanas antes do crime, a investigada alegou que estava grávida e que o bebê nasceria no seu aniversário, dia 14 de outubro. Desta forma, ela teria planejado o crime. Para que Paula fosse até a sua casa, ela disse que entregaria presentes.
A acusada estaria desde 2017 com o atual companheiro, que mora com ela mas, por trabalhar em outra cidade da região metropolitana, não estava em casa no período em que o crime foi cometido. Ele só foi avisado após a prisão da esposa. Segundo relato do marido à Polícia, ela já tinha filhos adultos e tentava engravidar, mas sofreu abortos.
O crime
A mulher de 42 anos foi presa na madrugada de quarta-feira (16) após chegar com um feto de 9 meses, já morto, ao Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre. Conforme a Polícia, ela simulou uma cena de parto em casa e pediu para vizinhos chamarem o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Na casa de saúde, ela disse que havia feito o parto em casa, mas a equipe médica identificou, ao examiná-la, que seu corpo não era o de uma grávida.
Com a suspeita de a mulher ter roubado o bebê, a Polícia foi acionada. A delegada afirma que a equipe foi até a casa da suspeita e encontrou o corpo da grávida enrolado em cobertores e escondido embaixo de uma cama. A residência havia sido limpa e não havia mais vestígios do crime. A vítima tinha ferimentos na cabeça, o que indica que foi morta com golpes. Após matar a mulher, ela teria cortado a barriga e feito a cesárea.
Grávida de 9 meses tem feto retirado da barriga por mulher que queria ficar com o bebê em Porto Alegre.
Vídeo: Polícia Civil pic.twitter.com/OKb6J90UEv
— Jornal NH (@jornalnh) October 16, 2024
Pela análise inicial da perícia, o corte feito na barriga da vítima foi executado com precisão, o que demonstra que a investigada tinha conhecimento. Os instrumentos cirúrgicos não foram encontrados na casa, somente uma faca que a Polícia acredita que tenha sido usada para dar os golpes na cabeça da grávida. A faca foi apreendida e encaminhada para análise do Instituto-Geral de Perícias (IGP). É investigado se houve participação de outras pessoas.
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O crime teria acontecido na segunda-feira. Na terça-feira, os parentes da grávida já tinham, inclusive, registrado o desaparecimento da mulher à Polícia.
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