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GOLPE: Grupo criminoso de SP cria perfis do governo do RS para receber Pix de doações

Valores que deveriam ser direcionados para pessoas afetadas pelas inundações estavam enchendo o bolso de criminosos

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Publicado em: 15/05/2024 às 12h:22 Última atualização: 15/05/2024 às 12h:22
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Dois homens e uma mulher, além de um menor de idade, são suspeitos de cometer fraudes e se beneficiar com contas falsas para receber doações que deveriam ser direcionadas para afetados pela tragédia no Rio Grande do Sul. Conforme a Polícia Civil do RS, a associação criminosa de São Paulo teria simulado contas oficiais do governo do RS para receber dinheiro.

Operação em São Paulo busca desmantelar associação criminosa que criou contas falsas do governo do RS para receber dinheiro de doações | abc+



Operação em São Paulo busca desmantelar associação criminosa que criou contas falsas do governo do RS para receber dinheiro de doações

Foto: Polícia Civil

Até o fim da manhã desta quarta-feira (15), duas pessoas foram presas e contas bancárias foram bloqueadas. A Operação Dilúvio Moral foi deflagrada em Santo André, em São Paulo, por meio da Força-Tarefa Cyber, destacada para o combate a fraudes, golpes e atentados aos serviços de utilidade pública, durante o período de calamidade. 

A ação, que contou com apoio operacional da Polícia Civil de São Paulo, por meio do GRT do DEMACRO, teve por objetivo o cumprimento de três mandados de prisão preventiva e outros três de busca e apreensão.

Como funcionava a fraude?

A Polícia Civil explica que a organização criou contas falsas em redes sociais como se fossem perfis do Estado do Rio Grande do Sul e iniciaram forte campanha para recebimento de doações, divulgando chaves Pix de pessoas físicas para o recebimento dos valores.
“Como a fraude foi iniciada logo nos primeiros dias de calamidade, os criminosos induziram a erro um número relevante de pessoas de boa-fé, que imaginaram contribuir para a campanha de reestruturação do Estado, quando, na verdade, foram vítimas de uma associação criminosa paulista”, esclarece. 
Os suspeitos, que tem entre 17 e 45 anos, possuem antecedentes criminais em crimes como roubo, porte ilegal de arma de fogo, furto e tráfico de entorpecentes. As investigações seguem no sentido de buscar outros elementos de prova e também eventuais novos integrantes do grupo.

Outros casos

O grupo de delegados e agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) do RS foi destacado para a Força-Tarefa com o objetivo principal de reprimir práticas criminosas virtuais que se utilizem da atual situação do Estado com o fim de obter vantagens de qualquer natureza.

Até esta quarta, o grupo contabilizava mais de 50 casos já analisados, sendo que mais de 70% já foram concluídos, conforme dados da Polícia Civil. Outros já contam com inquéritos policiais instaurados e aguardam diligências investigativas a fim de responsabilizar os identificados.

Investigações já tiraram do ar cerca de 15 páginas criminosas, criadas com o fim exclusivo de induzir a erro a população em geral, fazendo crer que estariam doando valores às vítimas da tragédia que atinge o Estado do Rio Grande do Sul quando, em verdade, se tratavam de estelionatos virtuais. Destas, foi possível o bloqueio de, ao menos, cinco contas bancárias, o que impediu um enriquecimento ilícito de dezenas de milhares de reais.

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