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INVESTIGAÇÃO

GOLPE DO LUTO: Famílias de mortos em homicídios são alvos de extorsão no RS; entenda como funcionava

Segundo a Polícia Civil, parente de vítima chegou a pagar R$ 13,7 mil aos criminosos por medo de ser assassinada

Ubiratan Júnior
Publicado em: 11/11/2024 às 18h:32 Última atualização: 11/11/2024 às 18h:32
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Um apenado da Penitenciária de Caxias do Sul e uma mulher foram alvos de uma ação da Polícia Civil nesta segunda-feira (11) no município da Serra gaúcha. De acordo com a investigação, eles são responsáveis por um crime frio contra familiares enlutados de vítimas de homicídios no Rio Grande do Sul. 

Mulher e homem foram presos por extorquir familiares de pessoas mortas em homicídios no RS | abc+



Mulher e homem foram presos por extorquir familiares de pessoas mortas em homicídios no RS

Foto: Polícia Civil

Os criminosos escolhiam pessoas que perderam parentes recentemente, buscavam informações sobre elas, e então, começavam com terror psicológico. A escolha era feita de forma aleatória, a Polícia afirma que não encontrou relação entre os assassinatos dos parentes das vítimas. 

Segundo a Polícia, os golpistas faziam contato por telefone e aplicativo de mensagens instantâneas. O crime era realizado desde fevereiro desde ano, de forma extremamente violenta e com graves ameaças. As mensagens não foram divulgadas para preservar a segurança das vítimas. 

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A investigação identificou lesados em diversas cidades gaúchas: Sapiranga, Farroupilha, Cachoeira do Sul, Santana do Livramento, Erechim, Seberi, Rodeio Bonito, Feliz e Serafina Corrêa. Também foram descobertos casos no estado vizinho, Santa Catarina.

De acordo com o delegado Rodrigo Camara, em Erechim, uma vítima chegou a pagar R$ 13,7 mil por medo de ser morta pelos criminosos. A investigação teve acesso a diversas provas do envolvimento da dupla alvo de operação, por meio de quebras de sigilo telefônico e informático, além de extenso trabalho de análise e cruzamento de dados. 

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Camara afirma que investiga o envolvimento de outras pessoas na ação criminosa contra os parentes de vítimas de homicídio no Estado. Ele não não descarta a existência de mais vítimas. Denúncias podem ser feitas, anonimamente, pelo WhatsApp (51) 98401-3237. 

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