INVESTIGAÇÃO
Golpe do falso aluguel era cometido da prisão; entenda como atuavam os criminosos
Conforme a Polícia Civil, estelionatários buscam vítimas interessadas em ímóveis no litoral gaúcho e catarinense
Última atualização: 04/04/2024 08:50
Criminosos suspeitos de aplicar o golpe do falso aluguel se tornaram, na manhã desta quinta-feira (4), alvos da Operação Casa Fantasma, deflagrada pela Polícia Civil. Até as 8 horas eram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nos municípios de Bagé e Caçapava do Sul.
Conforme a Polícia Civil, os principais investigados cometiam os crimes mesmo detidos no Presídio Regional de Bagé. As investigações começaram ainda entre os meses de dezembro de 2022 e janeiro de 2023. Naquele período as autoridades começaram a receber diversas ocorrências relatando golpes do tipo em diferentes regiões do Estado.
As vítimas relatam que, ao realizar a primeira parte do pagamento referente ao aluguel de imóveis no litoral, eram bloqueadas pelos supostos locadores. O modus operandi do grupo seguiu o mesmo durante o verão de 2023/2024. A Polícia Civil descobriu que ao menos cinco pessoas presas em Bagé eram as responsáveis pelo estelionato.
Como funcionava?
Segundo a Polícia Civil, os estelionatários buscam contato com as vítimas por meio de grupos públicos, especialmente no Facebook. Após notar o interesse por imóveis no litoral, os contatos eram iniciados pelos golpistas, que ofereciam casas e apartamentos em diversas cidades do litoral gaúcho e catarinense. Os valores eram sempre ofertados abaixo do praticado no mercado.
Para garantir a falsa locação, os criminosos forjavam contas de água e luz dos imóveis, enviando imagens dos documentos. Um contrato de aluguel também era simulado pelos golpistas, que exigiam um “sinal” de 50% para a conclusão do negócio. Após o pagamento, as vítimas eram bloqueadas e não conseguiam mais contato com os estelionatários.
Os mandados cumpridos pela Polícia visam especialmente a apreensão de documentos em Caçapava do Sul e aparelhos celulares nas residências dos suspeitos e no presídio de Bagé.
Denúncias e informações podem ser encaminhadas de forma anônima através do Disque Denúncia: 0800 510 2828.