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INVESTIGAÇÃO

Golpe do falso aluguel era cometido da prisão; entenda como atuavam os criminosos

Conforme a Polícia Civil, estelionatários buscam vítimas interessadas em ímóveis no litoral gaúcho e catarinense

Juliano Piasentin
Publicado em: 04/04/2024 às 08h:34 Última atualização: 04/04/2024 às 08h:50
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Criminosos suspeitos de aplicar o golpe do falso aluguel se tornaram, na manhã desta quinta-feira (4), alvos da Operação Casa Fantasma, deflagrada pela Polícia Civil. Até as 8 horas eram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nos municípios de Bagé e Caçapava do Sul.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Presídio Regional de Bagé | abc+



Mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Presídio Regional de Bagé

Foto: Polícia Civil

Conforme a Polícia Civil, os principais investigados cometiam os crimes mesmo detidos no Presídio Regional de Bagé. As investigações começaram ainda entre os meses de dezembro de 2022 e janeiro de 2023. Naquele período as autoridades começaram a receber diversas ocorrências relatando golpes do tipo em diferentes regiões do Estado.

As vítimas relatam que, ao realizar a primeira parte do pagamento referente ao aluguel de imóveis no litoral, eram bloqueadas pelos supostos locadores. O modus operandi do grupo seguiu o mesmo durante o verão de 2023/2024. A Polícia Civil descobriu que ao menos cinco pessoas presas em Bagé eram as responsáveis pelo estelionato.

Como funcionava?

Segundo a Polícia Civil, os estelionatários buscam contato com as vítimas por meio de grupos públicos, especialmente no Facebook. Após notar o interesse por imóveis no litoral, os contatos eram iniciados pelos golpistas, que ofereciam casas e apartamentos em diversas cidades do litoral gaúcho e catarinense. Os valores eram sempre ofertados abaixo do praticado no mercado.

Para garantir a falsa locação, os criminosos forjavam contas de água e luz dos imóveis, enviando imagens dos documentos. Um contrato de aluguel também era simulado pelos golpistas, que exigiam um “sinal” de 50% para a conclusão do negócio. Após o pagamento, as vítimas eram bloqueadas e não conseguiam mais contato com os estelionatários.

Os mandados cumpridos pela Polícia visam especialmente a apreensão de documentos em Caçapava do Sul e aparelhos celulares nas residências dos suspeitos e no presídio de Bagé.

Denúncias e informações podem ser encaminhadas de forma anônima através do Disque Denúncia: 0800 510 2828.

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