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MARIDO CONFESSOU

"Golpe com anilha de ferro na cabeça": O que se sabe sobre morte de mulher enterrada no pátio de casa

Delegada confirma que foram pelo menos 15 facadas. Suspeito confessou crime e ainda apontou onde estava a faca

Publicado em: 04/11/2024 às 12h:41 Última atualização: 04/11/2024 às 13h:07
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Menos de uma semana após a Polícia revelar o assassinato da enfermeira Patrícia da Rosa dos Santos, 41 anos, dopada até a morte, um novo caso de violência contra a mulher impacta Canoas.

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Edilene Silveira Sartori, 38 anos, acabou brutalmente assassinada



Edilene Silveira Sartori, 38 anos, acabou brutalmente assassinada

Foto: ARQUIVO PESSOAL

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Foi confirmado pela Polícia Civil, na manhã desta segunda-feira (4), que o ex-companheiro de Edilene Silveira Sartori, 38, confessou ter matado e enterrado posteriormente o corpo da vítima no pátio de casa, no bairro Nossa Senhora das Graças.

O caso surgiu na madrugada da última sexta-feira (1º), quando ele procurou a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) da cidade para registrar o desaparecimento da ex.

Os policiais de plantão suspeitaram da atitude do homem. Uma equipe foi encaminhada até a casa dele e encontrou o corpo a mulher morta na madrugada desta segunda. “Ela foi encontrada enterrada no pátio da casa dele”, explica a delegada Angélica Giovanella Marques, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Canoas. “Inclusive, ele confessou o crime e deu detalhes.”

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Aos policiais, o assassino confesso relatou que recebeu Edilene na noite de sexta-feira. Ele consumiu drogas e então começou a discutir com a vítima. A briga avançou para violência e morte.

“Ele consumiu drogas e, em um rompante, ficou indignado com algo que ela cobrou. Então discutiram e instantes depois passou a agredi-la”, esclarece. “Pegou uma faca e passou a golpeá-la até a morte.”

Conforme a delegada, os peritos encontraram 15 marcas de golpes. A maioria no abdômen e pescoço, além de algumas nos braços, que deixam claro que a vítima lutou para se defender.

“Os policiais e peritos desenterraram o corpo, então tinha muita terra, mas é quase certeza que o laudo final deve apontar um número maior de facadas, porque ele mesmo admitiu que a golpeou muitas vezes.”

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O trabalho dos técnicos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) revelou que, além da faca, foi usada uma anilha de ferro, comum em academias, contra a vítima. Edilene tinha, pelo menos, duas marcas na cabeça.

“Posteriormente, os peritos encontraram dois ferimentos de instrumento contundente na cabeça”, explica. “Sabemos agora que era uma anilha de ferro de academia que ele usou pela atingi-la, porque a faca, ele até apontou onde estava, mas a anilha a gente só descobriu depois.”

A polícia concluirá o inquérito nos próximos dias pelo crime de feminicídio, garante a delegada. “Estamos trabalhando para esclarecer a hora precisa do crime e alguns detalhes, mas não há dúvida de que ele a matou na madrugada da última sexta-feira”, observa. “Foram quinze facadas, mais golpes com anilha de ferro na cabeça. Muito triste o que aconteceu.”

A delegada Angélica Marques conduz a investigação da morte de Edilene Silveira Sartori



A delegada Angélica Marques conduz a investigação da morte de Edilene Silveira Sartori

Foto: Paulo Pires/GES

Segundo feminicídio

A morte de Edilene Silveira Sartori é o segundo feminicídio de Canoas em quase dois anos sem o registro deste tipo de crime na cidade da região metropolitana.

Há menos de 15 dias, em 22 de outubro, a enfermeira Patrícia Rosa dos Santos morreu após receber medicamentos em doses mortais. O marido, o médico do Samu André Lorscheitter Baptista, 48, foi preso suspeito pelo crime

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