EM NOVO HAMBURGO

Garota de programa e comparsas que torturaram idoso durante assalto em hotel pedem a liberdade; confira a decisão da Justiça

Garota de programa usou o fato de ser mãe de cinco filhos para tentar a liberdade provisória

Publicado em: 26/02/2024 16:31
Última atualização: 26/02/2024 16:32

Os advogados de defesa da acompanhante de luxo e de três comparsas, que torturaram um idoso durante um assalto no interior do hotel Swan Tower, em dezembro do ano passado, ingressaram com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado (TJ/RS). No entanto, o pedido foi negado recentemente.


Prisão aconteceu no estacionamento do hotel Swan Tower, em Novo Hamburgo Foto: Reprodução/Google Maps

O desembargador Honório Gonçalves da Silva Neto, da 7ª Câmara Criminal, decidiu manter os suspeitos presos pela gravidade do crime, para “resguardar a ordem pública”. O pedido de liberdade foi apresentado à Justiça ainda no final do ano passado, mas a decisão que mantém o quarteto atrás das grades só foi tomada no último dia 9 deste mês.

Na decisão, o desembargador sinalizou o motivo pelo qual os suspeitos não merecem responder pelo crime em liberdade. “Os agentes [presos] agrediram a vítima, golpeando-a na cabeça (com uma arma de fogo) e no corpo (valendo-se de uma faca), ferindo-a, avultando a periculosidade dos autores do crime, resultando reforçada a essencialidade da segregação cautelar”, assinala, no acórdão.

Nem mesmo o fato de a garota de programa ser mãe de cinco filhos, alegação usada pela defesa, sensibilizou o juiz a conceder a prisão domiciliar à acusada.

Idoso foi rendido ao recepcionar garota de programa

O assalto aconteceu na noite do dia 12 de dezembro do ano passado, nas dependências do tradicional hotel de Novo Hamburgo, localizado na Avenida Doutor Maurício Cardoso, no bairro Hamburgo Velho. O empresário de 72 anos, que morava na ala flat do Swan Tower há 15 anos, contratou uma garota de programa de 33 anos e acabou rendido pelos comparsas ao recepcioná-la na porta do quarto.

Ao invadirem o quarto, os criminosos amarraram o empresário e iniciaram uma sessão de tortura com a intenção de forçar a vítima a entregar dinheiro. A mando dos criminosos, o empresário chegou a tentar fazer um Pix no valor de R$ 10 mil para a conta de laranjas, mas a transação não foi aceita pelo aplicativo do banco.

Por conta disso, os bandidos usaram um revólver carregado para dar uma coronhada na cabeça do idoso. Os assaltantes também usaram uma faca com 20 centímetros de lâmina, que estava no quarto, e provocaram um corte na vítima. A faca foi localizada posteriormente e apreendida no interior do quarto, ensanguentada.

Sem dinheiro, os bandidos estavam fugindo do hotel com o carro da vítima, quando foram surpreendidos pela Brigada Militar no portão da garagem, que fica na Rua Borges do Canto, lateral do estabelecimento. Com eles, os policiais encontraram a arma usada no crime, além de cartões bancários, a chave e controle do carro da vítima.

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