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MISTÉRIO

CASO JÉSSICA: "Fiquei arrepiada": Alguém está usando o celular de jovem desaparecida em Novo Hamburgo

Familiares de Jéssica de Oliveira, que sumiu há um mês ao sair para um programa sexual, receberam sinal intrigante na noite desta quarta-feira

Publicado em: 01/03/2024 às 06h:30 Última atualização: 05/03/2024 às 10h:08
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Em meio à aflição pelo desaparecimento de Jéssica de Oliveira, 30 anos, que completa um mês nesta sexta-feira (1º), a família agora depara com um sinal intrigante. “Minha filha está viva ou tem alguém se passando por ela nas redes sociais. O celular da Jéssica está ativo”, revela a mãe, a cozinheira Rita de Cássia Oliveira, 46, moradora de São Leopoldo.

Jéssica de Oliveira desapareceu há um mês em Novo Hamburgo | abc+



Jéssica de Oliveira desapareceu há um mês em Novo Hamburgo

Foto: Reprodução

O vestígio surpreendente apareceu na noite desta quarta-feira (28). “Minha filha mais nova correu para me mostrar que a Jéssica curtiu uma foto no Instagram. Fiquei arrepiada”, conta Rita. A postagem, feita pela caçula de 14 anos, é do filho da desaparecida, de 5 anos. “Só ela tinha a senha do perfil. Ou é ela ou alguém pegou o celular e curtiu a imagem do meu neto, mas a Polícia não dá um jeito de achar esse aparelho. Espero que esteja rastreando.” Conforme parentes e amigos, Jéssica era muito apegada ao filho.

A cozinheira diz que o último contato da Polícia ocorreu na quarta-feira da semana passada, quando um corpo foi encontrado no bairro Lomba Grande, em Novo Hamburgo, nas proximidades de onde a filha desapareceu. “Queriam saber da roupa que a Jéssica vestia. Informamos que era uma calça jeans e um top preto. Depois disso, nenhuma notícia, nenhuma resposta.” A direção da Delegacia Regional de Canoas, encarregada de falar sobre o caso, não foi encontrada.

Sem identificação

O cadáver ainda não foi identificado pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP). Os restos mortais foram localizados por volta das 16 horas do dia 21, após um morador ver um cachorro com um crânio na boca, nas imediações da Estrada Saldi Emilio Cassel. A ossada estava danificada porque um caminhão havia passado por cima. No mato, em um saco, estava o restante do corpo. A vestimenta sugere que o cadáver seja de uma mulher. Pelo avançado estado de decomposição, seria de uma pessoa morta há mais tempo. A não ser que o cadáver tenha sido consumido por animais na mata.

Jéssica era ameaçada por traficante do Vale do Sinos

Conforme revelado pela reportagem, Jéssica era ameaçada por um traficante do Vale do Sinos. As intimidações teriam relação com o trabalho da vítima, que se apresentava como acompanhante de luxo. Ela também fazia visitas íntimas a presos na Penitenciária Modulada de Montenegro.

Jéssica de Oliveira desapareceu há um mês em Novo Hamburgo | abc+



Jéssica de Oliveira desapareceu há um mês em Novo Hamburgo

Foto: Reprodução

“Essa situação de prostituição, contada pelo delegado, me deixou chocada. Para mim, ela estava trabalhando como motorista de aplicativo. Já teve um emprego muito bom em uma concessionária de veículos em Novo Hamburgo.”

O caso

Jéssica é contratada para um programa, por meio de um site de acompanhantes, e sai de casa, no bairro Bela Vista, em Sapucaia do Sul, no início da tarde de 1ª de fevereiro

Às 14h41, em chamada de vídeo para o filho e a irmã, diz que está no bairro Lomba Grande, em Novo Hamburgo. Parece preocupada, dentro do carro dela, um Polo branco. No banco do carona, aparece um homem de braço tatuado.

Mapa Jessica Oliveira | abc+



Mapa Jessica Oliveira

Foto: Arte: Gabriel Renner

Preocupada, a irmã adolescente tenta novo contato, mas o celular de Jéssica já está sem sinal. Pelo rastreamento, a Polícia sabe que o local é em área isolada de Lomba Grande.

Às 17h40, com a ocorrência de desaparecimento recém registrada, o Polo é captado por câmeras na Rua Guia Lopes, perto do Porto Seco, na altura do bairro Santo Afonso, mas sem definição de imagem para ver quem está dirigindo ou quantas pessoas há no veículo.

Por volta das 21h30 do dia seguinte, o carro é encontrado incendiado em mata de difícil acesso à margem da Rua Presidente Lucena, bairro Primavera, sem vestígios de vítima. Foi necessário uma retroescavadeira para a remoção.

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