INVESTIGAÇÃO DO MP
Filho é preso ao visitar pai no presídio e advogado é investigado por ajudar dupla a extorquir herdeiros
Em junho, o pai e outras duas pessoas foram presas em Estância Velha; advogado foi alvo de mandados em sua casa, em Novo Hamburgo, e no seu escritório, em Porto Alegre
Última atualização: 03/07/2024 14:01
Mais uma pessoa foi presa por extorquir herdeiros de um imóvel. Na primeira fase da investigação, em 21 de junho, R$ 380 mil foram apreendidos em Estância Velha e três pessoas foram presas. Nesta quarta-feira (3), foi preso o filho do negociador de imóveis detido há quase duas semanas. A investigação é feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS).
O homem foi preso na cidade de Charqueadas no momento em que visitava o pai na Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ). A promotora de Justiça Maristela Schneider, que coordenou a ação, diz que o investigado seria preso em Estância Velha, mas foi encontrado antes na PEJ.
Também nesta quarta, um advogado, acusado de ajudar os criminosos nas extorsões, foi alvo de mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais foram cumpridas na casa dele, em Novo Hamburgo, e no seu escritório, em Porto Alegre.
"Alem de termos apurado que o filho auxiliava o pai nas extorsões, confirmamos que ele procurou familiares de um dos outros investigados para dar recado sobre o que dizer ao Ministério Público, durante depoimentos nas investigações, o que também ensejou o pedido de prisão preventiva contra ele", destaca a promotora.
O caso
Os crimes apurados são de extorsão, associação criminosa e falsidade ideológica. Os outros presos, além do homem que negociava imóveis e seu filho, são um funcionário do negociador e um empresário da construção civil.
De acordo com a promotora, a investigação apura ameaças dos suspeitos contra os herdeiros de um imóvel em processo de inventário para que desistissem do próprio bem. Os criminosos alegavam aos herdeiros que o imóvel havia sido vendido pelo proprietário, ainda em vida, e que o mesmo havia sido revendido para integrantes da facção.
A localização do imóvel não foi divulgada pelo MPRS, assim como as identidades dos presos.