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VIOLÊNCIA

FEMINICÍDIO: Mulher morta com tiro e marido tinham madeireira em São Leopoldo

Segundo a Polícia, homem não aceitava o fim do relacionamento; filha do casal estava na residência no momento em que a mãe foi atingida por um tiro no rosto

Renata Strapazzon
Publicado em: 22/08/2024 às 13h:31 Última atualização: 22/08/2024 às 17h:26
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Vítima de feminicídio, a mulher de 48 anos morta com um tiro no rosto em São Leopoldo na madrugada desta quinta-feira (22) havia registrado ocorrência contra o marido em março passado. Segundo a Polícia Civil, ela tinha ido até a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) registrar um boletim de ocorrência por lesão corporal.

Na ocasião, foi oferecida pelos policiais a possibilidade de a vítima requerer medida protetiva de urgência contra o agressor, o que foi negado pela mulher. 

Segundo a Polícia, homem não aceitava o fim do relacionamento



Segundo a Polícia, homem não aceitava o fim do relacionamento

Foto: Renata Strapazzon/GES-Especial

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Na noite de quarta-feira (21), a mulher, identificada como Cleonice Pacheco dos Santos, foi ferida com um tiro no rosto. O disparo teria sido efetuado pelo marido, que, segundo a Polícia, não aceitava o fim do relacionamento. A filha do casal, uma jovem de 20 anos, estava na residência no momento do crime. Ela já foi ouvida por agentes da Deam. 

O homem fugiu do local e até o começo da tarde desta quinta-feira (22), não havia sido localizado. Na noite de quarta-feira (21), por volta das 22 horas, a Brigada Militar foi acionada e, chegando no endereço, no bairro Feitoria, os policiais encontraram a vítima ferida, sendo atendida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Ela foi encaminhada ao Hospital Centenário, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos e acabou falecendo na madrugada desta quinta-feira (22). 

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Vítima será sepultada em Rosário do Sul 

Segundo conhecidos, o casal era dono de uma madeireira no bairro onde residia e tinha dois filhos. Nas redes sociais da madeireira, conhecidos lamentaram a morte da mulher.

“Uma das pessoas mais generosas que conheci, com um coração tão grande. Que Deus a receba com a mesma luz que aqui ela tinha e possa confortar seus filhos”, escreveu um seguidor. “Descansa em paz minha amiga, vai deixar saudades”, comentou outra mulher.

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O corpo de Cleonice está sendo trasladado de São Leopoldo para Rosário do Sul, na região da Fronteira. A expectativa é de que o corpo chegue na cidade no começo da madrugada de sexta-feira (23). O velório será realizado na capela Santa Clara. 

Segundo feminicídio em quatro dias na cidade 

Este foi o terceiro feminicídio registrado este ano em São Leopoldo e o segundo num intervalo de quatro dias. Na madrugada de domingo (18), Fernanda Nunes da Silva, 34 anos, foi morta pelo ex-marido dentro de casa, no bairro Santos Dumont. Ao não aceitar o fim do relacionamento de 20 anos, o homem, de 40 anos, invadiu a casa da ex matando a mulher por esganadura. Instantes após cometer o crime, o homem se apresentou no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Porto Alegre, onde confessou o que havia feito.

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À Polícia, ele confirmou que esganou Fernanda com as mãos. A Brigada Militar foi acionada pela PRF e, no local, encontrou a vítima sem vida. O homem foi preso em flagrante e encaminhado à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Porto Alegre. O nome dele não foi divulgado. O homem segue recolhido no Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (NUGESP).

De acordo com a Polícia Civil, Fernanda não possuía medida protetiva contra o ex, e o casal também não tinha histórico de violência doméstica. Fernanda era formada em Pedagogia e trabalhava em uma padaria em São Leopoldo. Ela tinha duas filhas, de 12 e 17 anos, com o ex-marido e completaria 35 anos no próximo sábado (24).

O primeiro feminicídio do ano na cidade ocorreu no dia 30 de março, também no bairro Santos Dumont. Uma mulher morreu após ser jogada do segundo andar da residência pelo irmão. O homem segue preso.

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