Há quase um mês, a família e os amigos de Eules da Silva Santos não têm contato nem notícia do paradeiro dele. O jovem de 22 anos é natural de Joaquim Pires, município que fica a cerca de 239 quilômetros de Teresina, capital do Piauí.
Foto: Arquivo pessoal
De acordo com a família, ele trabalha na área da construção civil e há cerca de cinco anos viaja por diferentes estados. Nesse período, Santos não voltou para a sua terra natal, mas seguia o contato por ligação telefônica ou chamada de vídeo.
A última pessoa com quem conversou foi a mãe, Leda Maria Nascimento da Silva, 40, no fim da tarde de 20 de fevereiro. Por volta das 17 horas, eles conversaram por telefone. O jovem teria mencionado que há cerca de um mês estava trabalhando em Campo Bom, no Vale do Sinos, como montador de uma obra. Ele morava com colegas de trabalho na cidade gaúcha.
Santos ainda teria dito à Leda que estava com viagem marcada para São Paulo. Então, ela enviou R$ 350 para ajudar com custos da passagem para o outro estado. Esse foi o último contato do jovem com a família.
Com o passar dos dias, sem ter notícias do filho, Leda procurou a Polícia Civil e registrou o desaparecimento. O caso foi protocolado no dia 27 de fevereiro na Delegacia de Luzilândia, cidade vizinha de onde a família de Santos reside.
Até a tarde desta segunda-feira (18), não havia registro do caso na Delegacia de Polícia de Campo Bom. “Entendemos, por ora, que ele retornou para o estado dele ou deixou os arredores por vontade própria”, pontua o delegado Lucas Britto. A reportagem procurou a Polícia piauense para detalhar a investigação, mas até a publicação da matéria, não teve retorno. O espaço está aberto para posicionamento.
Mistério no sumiço
Santos é pai de um menino de 4 anos. Seu sumiço tem deixado a família inteira angustiada. “Estamos preocupados porque não temos nenhuma notícia”, afirma Camila Maria da Silva Santos, 23, irmã do jovem desaparecido.
Ela conta que a família já conversou com os colegas que dividiam a casa com o irmão, porém os homens se limitaram a dizer que Santos “viajaria para outra cidade”. Ele dividia o espaço com três pessoas.
Camila conta que também falaram com um superior do trabalho do irmão e que o homem teria dito “que não podia fazer nada, porque ele [Santos] já tinha saído da empresa”. A vítima teria sido desligada antes de desaparecer, segundo foi informado à irmã.
A reportagem tenta contato com a construtura, que tem sede em Santa Catarina. Mas, até a publicação, não teve resposta. O espaço está disponível para manifestação.
Buscas
Apesar da distância de cerca de 4.228,6 quilômetros entre a cidade onde a família do jovem reside e o município que ele esteve em seu último contato, as buscas são incessantes. Camila fala que a família gostaria de vir ao Rio Grande do Sul para poder procurá-lo, porém, não tem condições financeiras para a viagem.
“Fomos à delegacia, fizemos o B.O, também [colocamos] alguns cartazes e estamos compartilhando nas redes sociais”, conta a irmã sobre as ações que são possíveis fazer pela família. “Minha mãe chora todo dia, ela não está se alimentado direito”, lamenta.
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Quem tiver informações sobre o paradeiro de Santos pode fazer contato com a Camila pelo telefone (17) 99648-3870.