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CANOAS

Falso assessor usa nome do prefeito Nedy em esquema de falsos contratos; entenda o golpe

Polícia Civil apura crimes envolvendo estelionatário que fingia um ser assessor da administração municipal

Publicado em: 26/03/2024 às 15h:04 Última atualização: 26/03/2024 às 15h:37
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A Polícia Civil confirmou, na tarde desta terça-feira (26), que apura um esquema de estelionato montado por um homem que se passa por funcionário da Prefeitura de Canoas para firmar contratos com empresários e comerciantes da cidade.

Apuração da Polícia Civil indica que o nome da Prefeitura de Canoas era somente usada pelo falsário para enganar vítimas



Apuração da Polícia Civil indica que o nome da Prefeitura de Canoas era somente usada pelo falsário para enganar vítimas

Foto: LEANDRO DOMINGOS/GES-ESPECIAL

Conforme a investigação conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia (DP), o suspeito fingia ser um assessor da administração e falsificava documentos de modo a garantir investimentos em valores que não tinham outro destino senão o próprio bolso.

Respondendo pela 1ª DP de Canoas, o delegado Newton Martins Filho explique que o esquema não está relacionado com a Prefeitura de Canoas, mas, sim, a alguém que diz fazer parte do Executivo como meio de enganar as vítimas.

O suspeito é irmão da mulher de um dos filhos do prefeito em exercício, Nedy de Vargas Marques, razão pelo qual inclusive estaria até usando o nome do prefeito em meio as negociações.

“Não descobrimos qualquer vínculo da Prefeitura de Canoas com os fatos apurados”, explica. “O que existe é um estelionatário que fingia ser assessor para garantir vantagens por meio de contratos fraudulentos. Ele nunca teria nem sequer trabalhado na Prefeitura.”

O golpe

Conforme a investigação, as vítimas depositavam valores ao falsário e tinham como promessa contratos vantajosos com a administração. Tudo graças a documentos com o brasão da Prefeitura.

“Resumidamente, ele aplicava golpes usando o logotipo da Prefeitura de Canoas e o nome do prefeito, mas não há nenhum indício de propina ou recebimento indevido por parte da administração pública em si”.

O suspeito estava “sumido”, mas acabou localizado e intimado pela Polícia Civil nesta terça-feira (26), quando foi ouvido na delegacia e negou as acusações em depoimento.

“Todo o ardil foi montado por ele mesmo e não havia, até onde apuramos, ninguém mais envolvido. Ele próprio procurava empresários e comerciantes oferecendo contratos fraudulentos”, afirma.

Quanto às vítimas, somente uma procurou a polícia, informa o delegado. Isso porque o próprio teor do contrato parecia em desacordo com a legalidade, salienta Newton.

“Só um fez o registro de ocorrência contra o falsário, acredito que por eles mesmos já verem que aquele contrato proposto não era tão lícito e acredito estarem receosos de se envolver e não aparecer para procurar a polícia”.

O que diz a Prefeitura?

Por meio de nota, a Prefeitura de Canoas informa que, no dia 6 de fevereiro, a partir da denúncia de uma vítima, a Diretoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública de Canoas passou a levantar dados para saber quem seria o suposto estelionatário que estaria se passando por assessor do chefe do Executivo de Canoas.

Na posse dos dados, foi elaborado um Relatório Técnico de Inteligência e, juntamente com o registro policial da vítima, os documentos foram encaminhados para a 1ª Delegacia de Polícia de Canoas, responsável pelas investigações de estelionato.

O secretário de Segurança Pública de Canoas, tenente-coronel Marcelo Pitta, aproveita para chamar a atenção da população para o golpe. “Esse suposto agente público está aplicando golpes em empresários do Município através de contratos falsos de serviços junto à Prefeitura”, alerta.

Conforme Pitta, qualquer suspeita de irregularidade pode ser denunciada para a Guarda Municipal, pelo 153, ou para Brigada Militar, pelo 190. Quem já foi vítima pode fazer o registro na delegacia de polícia mais próxima.

Na conclusão da nota, a Prefeitura de Canoas informa ainda que já foi encaminhada a abertura de um processo interno de sindicância para apurar os materiais de identificação utilizados irregularmente pelo golpista.

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