Enquanto chefes de facção vivem em casas de luxo, moradores são expulsos de suas residências na região; MP investiga

Uma investigação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) descobriu que enquanto chefes de uma facção do Vale do Sinos moram em casas de luxo, moradores de cidades da região são expulsos. As residências, desocupadas com uso de violência pelos membros da organização, eram usadas como ponto de tráfico, esconderijo e depósito de armas e drogas.

Na manhã desta quinta-feira (15), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco) faz uma operação para combater os crimes de lavagem de dinheiro. Em parceria com a Brigada Militar e a Polícia Civil. Ao todo, são cumpridos 36 mandados de prisão preventiva em sete cidades: Novo Hamburgo, São Leopoldo, Estância Velha, Campo Bom, Canoas, Porto Alegre e Três Passos.

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Conforme o MP, a facção tem pelo menos seis empresas, de diversos ramos, montadas para serem utilizadas na lavagem de dinheiro. Uma delas, por exemplo, fica no município de Três Passos, no Noroeste gaúcho.

Em Novo Hamburgo,a facção domina o tráfica de drogas. Um morador do bairro Roselândia se recusou a sair de sua casa e foi assassinado pelos integrantes da organização criminosa.

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A operação recebeu o nome de Tentáculos e busca "atingir a cúpula da organização criminosa e pelo menos dois investigados estão entre os principais líderes desta facção". Um dos suspeitos, com mandado de prisão, é também integrante de uma torcida organizada de um dos clubes do Estado. No início da manhã desta quinta-feira, suspeitos já haviam sido detidos, mas o MP não divulgou o número de prisões.

Além dos mandados de prisão, são cumpridos 46 mandados de busca e apreensão e a apreensão de 96 veículos.