Após não se manifestar sobre o registro de um Boletim de Ocorrência na noite de quinta-feira (14), o padre Inácio Schuster, da Igreja Nossa Senhora da Piedade, em Novo Hamburgo, emitiu uma nota de esclarecimento. O religioso afirma que sempre houve uma relação de cordialidade entre a paróquia e a Escola Municipal de Educação Básica São Jocó, ambas localizadas no bairro Hamburgo Velho.
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No entanto, declarou que teve infringido o direito de ir e vir ao ser barrado na entrada da Rua Leão XIII, bloqueada com cavaletes devido à festa de encerramento do ano letivo da instituição de ensino. “Após ter celebrado Santa Missa em local próximo, estava confiante de que seria assegurado o ingresso ao lar. Sabido por força de lei, que em qualquer evento dessa natureza, com fechamento de via pública, via de regra é assegurado o acesso local aos moradores em respeito ao direito fundamental de ir e vir, bem como de inviolabilidade da moradia.”
O padre reiterou que trata-se de uma questão de segurança e civilidade, já que chegou a noite no local. “Não se deve desabrigar qualquer cidadão de seu lar, especialmente em período noturno.” Outro ponto avaliado pelo sacerdote em sua manifestação, foi o fato de estar em tratamento de saúde. “Preciso observar horário para ingestão de medicamentos, que se encontravam no interior da residência. Inexistindo rota alternativa para ingresso, não poderia ter sido barrado o ingresso no lar.”
Schuster nega ter provocado pais dos alunos
Por fim, o padre negou que tenha provocado qualquer problema com os pais dos alunos. “Em hipótese alguma provoquei situação que pudesse ofender ou colocar em risco a integridade corporal de qualquer pessoa, especialmente das crianças e suas famílias.”
O religioso também comunicou que medidas jurídicas serão adotadas para apurar e esclarecer os fatos acontecidos na noite do dia 14 de dezembro.
Polícia Civil diz não ter sido comunicada
Em contato com a reportagem, a Polícia Civil afirmou que até o fim da tarde desta sexta-feira (15) a Polícia Civil ainda não estava ciente do caso. Já a Brigada Militar (BM) comunicou que não foi acionada.
Escola enviou ofício
Questionada sobre a comunicação entre escola e igreja, a diretora da instituição de ensino reiterou que um ofício foi enviado por e-mail avisando sobre o evento e a interrupção do tráfego na rua. “Não era necessária a autorização da igreja, a rua é pública.”
A rua foi fechada pela Prefeitura, após pedido da escola. A Secretaria Municipal de Educação não irá se manifestar sobre o caso.
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