CRIME NO VALE DO SINOS
"Ele gritava que iria matar a mãe": Irmã descreve comportamento de homem que atacou família em Novo Hamburgo
Ataque chocou bairro Santo Afonso na manhã de sábado; leia mais sobre o caso
Última atualização: 27/10/2024 17:02
Antes do ataque que assustou Novo Hamburgo no começo deste fim de semana, o agressor avisou que mataria a própria mãe. É assim que a irmã do homem de 36 anos e filha da vítima, que pediu para não ser identificada, começa a descrever o crime registrado na manhã de sábado (26) no bairro Santo Afonso. "Ele gritava que iria matar a mãe, estava decidido a fazer isso”, conta.
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Segundo ela, o irmão, Giovane Henrique Sturm, já havia tido outros episódios, mas nunca nessa proporção. “Meu irmão sofria de transtornos mentais e usava medicamentos para controlar a situação, mas quando deixava de tomar os remédios, tinha ataques de fúria”, relata.
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Sturm morreu na noite deste sábado (26), no Hospital Municipal de Novo Hamburgo, onde estava internado desde o período da manhã, após ser alvejado por um disparo de arma de fogo por um vizinho de porta, que correu até o imóvel para salvar as vítimas. Familiares ainda não deram detalhes sobre o velório e o sepultamento de Sturm.
“Salvem a vó”: Criança correu até o portão para pedir socorro
Uma amiga da família, Sabrina Gonçalves, 46, conta que o vizinho que interviu na situação é um agente da Susepe que atua no Grupo de Ações Especiais, grupo tático de elite da Polícia Penal e responsável pela realização de escoltas de presos de altíssimo risco e pela intervenção tática prisional.
Segundo ela, o vizinho correu até a casa em frente após ouvir os apelos do menino de 4 anos, neto da vítima e sobrinho do agressor, correr até o portão para pedir socorro. “O neto da [nome da vítima] correu até o portão e começou a gritar ‘salvem a vó, salvem a vó’”, recorda.
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Ao escutar o pedido de socorro, o agente da Susepe foi até a residência por achar que se tratava de um assalto. Ele pulou a cerca e entrou no pátio para retirar a criança do local. Depois, tentou negociar a rendição do agressor, que saiu porta afora e começou a ameaçar a irmã, mãe do menino. “O vizinho conhecia o Giovane e pediu para ele recuar, e avisou que não queria machucá-lo. Mesmo assim, o Giovane tentou atacar a irmã, que estava escondida atrás deste vizinho”, recorda Sabrina.
Quando o agressor correu em direção à irmã, o vizinho efetuou o disparo. “Ele [agressor] falava que queria morrer, e só parou de atacar a família depois que levou o tiro”, destaca a amiga da família.
A mãe de Sturm, 58, recebeu alta hospitalar às 6 horas deste domingo (27).