Indiciado recentemente por extorquir donos de revendas de veículos no Vale do Sinos, um homem de 28 anos tinha transformado a casa, no bairro Guarani, em Novo Hamburgo, numa central de tele-entrega de drogas. Ele foi preso com material da quadrilha, na tarde desta segunda-feira (18), pela 1ª Delegacia de Polícia da cidade. A companheira, de 19 anos, também foi autuada em flagrante. Ela não tinha antecedentes criminais.
O casal tentou escapar. Quando percebeu a chegada dos agentes, por volta das 16 horas, o traficante fugiu por uma porta lateral da residência, na Rua Demétrio Ribeiro, e foi alcançado 150 metros adiante pelos policiais.
“A companheira, pensando que toda a nossa equipe tinha ido atrás do investigado, aproveitou para sair do imóvel com uma mala cheia de droga, mas outros policiais ficaram lá e a prenderam”, relata o delegado da 1ª DP, Tarcísio Kaltbach. Surpreendida, a mulher deixou a bagagem cair nos pés de um agente.
O material
Era uma mala de bordo com 7,7 quilos de maconha, 1,82 quilo de crack, 313 gramas de cocaína, 83 gramas de skunk e seis comprimidos de ecstasy. Debaixo da cama do casal, os policiais encontraram uma espingarda calibre 22 e munições – 13 de 9 milímetros, nove de .40 e uma de revólver 38. Foram ainda apreendidos quatro celulares, uma balança de precisão e duas toucas ninjas. Os nomes não são informados por conta da lei de Abuso de Autoridade.
Residência era uma central do crime
Os agentes foram à casa com mandado de busca e apreensão. “Esse imóvel vinha sendo investigado pelo entra-e-sai de pessoas, o que caracteriza o tráfico”, expõe o delegado. Mais que um depósito usado também para fracionamento e embalagem, a residência era uma espécie de central de uma tele-entrega de drogas, segundo Tarcísio. O próprio morador é um dos motoboys investigados por transportar as encomendas para clientes do tráfico na região.
Outra modalidade de crime é a já tradicional extorsão a comerciantes na região. As toucas ninjas apreendidas eram usadas pelo morador e comparsas em vídeos, sempre com armas em punho, para cobrar pedágio de donos de lojas de carros. As imagens vinham sendo enviadas às vítimas, coagidas a pagar mensalidade sob ameaças de morte. Cobranças presenciais também são feitas.
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