Deflagrada na manhã desta terça-feira (9), a Operação Paranhos foi responsável pela prisão de 22 pessoas suspeitas de atuar no tráfico de drogas e agiotagem na região metropolitana. Conforme a Polícia Civil, mais de 70 mil documentos foram analisados durante as investigações.
O delegado Marco Guns, responsável pela 1ª Delegacia de Polícia de Canoas (1ª DP) afirmou que os criminosos estavam associados principalmente ao tráfico no bairro Rio Branco. Entre os meses de março e julho de 2023, cerca de R$ 3 milhões foram movimentados pelo grupo. O dinheiro foi arrecadado com a venda de mais de 100 quilos de cocaína e crack.
Guns explica que os criminosos também financiavam agiotas atuantes em Canoas. “Pessoas que se endividaram após a pandemia acabavam recorrendo aos agiotas, sem saber que o crédito era disponibilizado por traficantes. Em caso de atrasos, os valores eram cobrados violentamente.”
Mandados de prisão no Vale do Sinos
Além de Canoas, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Portão, São Sepé, Estância Velha, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Viamão. “As investigações demonstram e reforçam que a junção entre traficantes e agiotas é uma fórmula que traz, além da violência habitual e juros exorbitantes, com formação de dívidas impagáveis”, afirma o diretor da Delegacia Regional de Canoas, delegado Cristiano Reschke.
Investigações começaram em 2023
As investigações referentes a prática de agiotagem associada ao tráfico de drogas foi iniciada ainda em 2023. Ao longo do último ano, três fases da operação foram deflagradas e mais de 20 pessoas acabaram presas.
No período, a Polícia Civil descobriu a participação de uma organização criminosa. Eles forneciam pessoal, logística e dinheiro ao grupo canoense. Em um dos mandados, celulares foram apreendidos em um apartamento de luxo em Novo Hamburgo, adquirido por mais de R$ 1 milhão.
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