A esposa de Nego Di, Gabriela Sousa, usou as redes sociais na madrugada de segunda-feira (15) para se pronunciar sobre a prisão do marido. Dilson Alves da Silva Neto foi detido por suspeita de estelionato em golpe de vendas online.
Ele foi encontrado em Jurerê Internacional, praia de Florianópolis, capital de Santa Catarina, pela Polícia Civil, que cumpriu mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça neste fim de semana.
Nego Di é preso na praia de Jurerê, em Florianópolis (SC).
Vídeo: Polícia Civil pic.twitter.com/JD7RzpVdGe
— Jornal NH (@jornalnh) July 14, 2024
A prisão do ex-BBB ocorreu dois dias após Nego Di virar alvo do Ministério Público por suposta lavagem de R$ 2 milhões com falsas rifas nas redes sociais. O chefe da Polícia Civil do RS, Fernando Sodré, esclareceu em coletiva de imprensa no fim da tarde de domingo que os dois casos não têm relação direta, mas com “modus operandi semelhante”.
Na sexta-feira (12), Gabriela, que também é influenciadora digital, foi presa por posse irregular de arma de fogo e liberada ao pagar R$ 14 mil em fiança. Nesta madrugada, ela apareceu nos stories do Instagram para falar brevemente sobre a prisão do marido. “‘Tô’ completamente derrotada. Acabada. Destruída”, escreveu.
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Gabriela informou que estão sem conta, sem carro e sem celulares. Desde sexta, o perfil do influenciador está desativado na plataforma. “Minha felicidade era estarmos juntos. Mas agora ‘tô’ sem ele.”
Em vídeo, a esposa do influenciador agradeceu o apoio que o casal está recebendo neste momento e pediu: “Que a Justiça seja feita”.
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No feed da rede social, ela demonstrou apoio ao ex-BBB com fotos e mensagens para Nego Di. “‘Tô’ contigo até o fim e jamais soltarei a tua mão”, escreveu em uma das postagens.
Ele passou por audiência de custódia ainda no domingo e já está em solo gaúcho.
Mais de 370 vítimas do “Tadizuera”
A investigação da Polícia Civil começou em abril de 2022 e encerrou em agosto de 2023, a partir da Delegacia de Polícia de Canoas. O influenciador teria lesado 370 pessoas ao divulgar aparelhos do site “Tadizuera” que não chegaram aos compradores.
Foram ouvidos 16 moradores de Canoas e de outras cidades do Rio Grande do Sul, inclusive de outro estado, que não foi informado na coletiva realizada no domingo.
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Ao todo, R$ 5,3 milhões foram movimentados pelo influenciador com produtos que nunca foram entregues. Além de Nego Di, foi expedido um mandado de prisão preventiva contra Anderson Boneti, que está foragido, e que fundou a empresa com o ex-BBB.
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Segundo o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (DPRM), o delegado Cristiano Reschke, Boneti já havia sido preso por estelionato antes da parceria.
O que diz a defesa de Nego Di
A defesa de Nego Di, representada pelo advogado Hernani Fortini, se posicionou por meio de nota na tarde de domingo e disse que está “tomando todas as medidas legais cabíveis” .
“Destacamos a importância do princípio constitucional da presunção de inocência, que assegura a todo cidadão o direito de ser considerado inocente até prova em contrário. O devido processo legal deve ser rigorosamente observado, garantindo que o acusado tenha uma defesa plena e justa, sem qualquer tipo de pré-julgamento.”
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A defesa ainda enfatiza o pedido de cautela na divulgação de informações sobre o caso, “uma vez que a ampla exposição de fatos ainda não comprovados pode causar danos irreparáveis à imagem e à carreira de NegoDi” e que “qualquer divulgação precipitada pode resultar em uma condenação prévia injusta, prejudicando sua honra e dignidade”.
Após a coletiva de imprensa da Polícia, disse simplesmente que “a inocência dele será provada no processo”.