A morte de uma menina de 12 anos virou caso de polícia em Montenegro. Em clima de consternação pela morte precoce e repentina, amigos e familiares de Luísa Danielly de Oliveira Pereira se despediram da estudante na última quinta-feira (24). O corpo dela foi sepultado no Cemitério Municipal da cidade do Vale do Caí.
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“Lulu”, como era conhecida, morreu na segunda-feira (21) da semana passada, mesmo dia em que a família recebeu um diagnóstico inesperado. Segundo os parentes, o quadro dela era de metástase e nódulos no pulmão, com generalização de linfoma (câncer no sangue). A jovem faleceu por volta das 22 horas daquele dia.
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“A gente não sabia nada do câncer dela. Foi muito rápido. Descobrimos pela manhã e à noite ela morreu”, afirma o pai da menina, Daniel Pereira. Ele lembra que a filha costumava praticar esportes, como futebol. Para ele, se não fosse o acidente durante a brincadeira com o irmão, eles não saberiam da doença. “Antes disso, ela comia bem, jogava bola e era ativa”, recorda.
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A família procurou atendimento médico na sexta-feira (18) da semana anterior, pois enquanto jogava bola com o irmão de 9 anos, a menina teria sofrido uma lesão no cóccix. Luísa foi levada para o plantão da Secretaria Municipal de Saúde. Foi medicada e liberada.
Mais tarde, em função das muitas dores, a família levou a menina para o Hospital Montenegro, onde foram realizados exames de Raio X e tomografia, que teriam apontado apenas a lesão no cóccix. Na última segunda-feira, ela teve uma piora no quadro de saúde e foi para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde faleceu. A família reclama da demora no atendimento da filha no hospital. “Minha filha morreu pelo câncer, infelizmente. Um câncer muito grave. Mas quando chegamos lá, ela estava com dor e eles simplesmente ignoraram. Não quero que isso aconteça com outras crianças”, lamenta Daniel.
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A morte de Luísa será investigada pela Polícia Civil. O corpo da menina foi encaminhado para perícia e os laudos são aguardados pela investigação. “Investigaremos as circunstâncias da morte, apenas para excluir eventual culpa”, afirma do delegado Marcos Eduardo Pepe, titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Montenegro.
O que diz o Hospital
Em nota, o Hospital Montenegro disse que “devido a Lei Geral de Proteção de Dados a Instituição não está autorizada a prestar informações sobre pacientes”. Sobre a investigação, a casa de saúde afirma que até a tarde desta sexta-feira (25) não havia sido notificada oficialmente e por isso não iriam se pronunciar sobre o assunto neste momento.
O que diz a Secretaria de Saúde
Na tarde desta sexta-feira (25), por meio de nota, a Secretaria de Saúde de Montenegro disse Luísa e seus familiares costumavam usar o posto de saúde do bairro Senai, onde residem. A pasta ainda afirma que o último atendimento da menina foi odontolófico, mas não mencionam a data.
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A Secretaria de Saúde também salienta que nunca houve queixas ou sintomas que despertassem algo grave. O documento ainda diz que a família da vítima está recebendo apoio psicológico por meio da prefeitura, que acompanha a investigação.
Sobre o atendimento no plantão, a pasta disse que “a Administração decidiu aguardar. Não vai se pronunciar agora. A Lei Geral de Proteção de Dados nos impede de dar informações sobre pacientes”.
Leia a nota na íntegra
A menina e seus familiares costumavam usar os serviços da unidade de saúde do bairro Senai. Nunca houve queixas ou sintomas que despertassem suspeitas de algo grave. A última consulta foi na área odontológica. A Administração Municipal está ajudando os familiares com suporte psicológico e acompanha as investigações.
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