Estava marcado para esta quinta-feira (2) o depoimento do porteiro do Residencial Mathias, que se tornou, na madrugada do último dia 27, protagonista de um conflito entre Policiais Militares (PMs) e criminosos.
O trabalhador seria ouvido na sede da 1ª Delegacia de Polícia (DP) de Canoas, que concentra a investigação em torno do episódio que culminou em onze veículos incinerados em Canoas e Nova Santa Rita.
A oitiva, no entanto, acabou sendo adiada, segundo o delegado Marco Guns, que responde pela DP. Ele aponta uma mudança estratégica e explica que o profissional será ouvido somente na semana que vem.
“Decidimos por cumprir algumas diligências importantes para a investigação antes que ele seja ouvido”, explica. “Esperamos que as diligências tornem mais claros alguns pontos a serem esclarecidos antes mesmo da oitiva.”
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Guns assumiu a apuração na manhã da última sexta-feira, quando a Brigada Militar (BM) já havia tomado o condomínio e sitiado o bairro de modo a coibir mais um ataque dos criminosos.
O delegado montou uma força-tarefa responsável por coletar informações não apenas no condomínio, mas averiguar cada endereço em que veículos acabaram queimados por criminosos.
“É necessário entender o que aconteceu no episódio antes de responsabilizar X ou Y”, informa. “Estamos coletando informações a respeito de tudo o que aconteceu naquela noite”, defende.
Monitoramento 24 horas
Em paralelo ao trabalho da Polícia Civil, soldados oriundos do 15º Batalhão da Polícia Militar (BPM) mantém vigilância 24 horas em torno do endereço desde aquela fatídica madrugada.
Segundo o tenente-coronel Clóvis Ivan Alves, comandante do quartel em Canoas, a medida visa proteger a população e impedir que criminosos retornem ao endereço onde a corporação acabou atacada.
“Os moradores não têm nada a temer”, frisa. “No entanto, a Brigada Militar continua na área para coibir a presença dos criminosos responsáveis pelo ataque cometido contra os policiais durante a noite.”
O comandante voltou a deixar claro que abriu um procedimento interno para apurar se houve o uso excessivo da força durante a abordagem dos Policiais Militares no local. “Se houve excesso, vamos apurar por meio de procedimento aberto”, disse. “Agora, não podemos permitir que criminosos ataquem a corporação como aconteceu, com paus, pedras, foguetes e tiros disparados contra a Brigada”.
Entenda o caso
Uma abordagem da Brigada Militar, na noite de quinta-feira, dia 26 de dezembro, próximo ao Residencial Mathias, culminou em tiroteio no condomínio na Rua Campinas.
Após a ação policial, pelo menos, onze carros acabaram incendiados, ao longo da madrugada de sexta-feira (29), em Canoas e também na vizinha Nova Santa Rita.
Por conta da ação dos criminosos, centenas de PMs acabaram cercando a área de modo a impedir que um novo conflito acontecesse.
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