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INVESTIGAÇÃO

Dentista de jogadores de futebol e influenciadores do RS é investigado por usar dados de clientes para praticar golpes

Além da atuação como dentista, suspeito foi secretário da Saúde em Cachoeirinha, na região metropolitana

Juliano Piasentin
Publicado em: 23/08/2024 às 15h:45 Última atualização: 23/08/2024 às 15h:46
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A Polícia Civil investiga a participação de um renomado dentista gaúcho, na prática de crimes como estelionato, agiotagem e lavagem de dinheiro. Conforme a apuração policial, o profissional é amigo de um criminoso e teria intermediado o uso de empresas em seu nome para ocultação de recursos do crime organizado.

A identidade do profissional não foi divulgado pela Polícia, no entanto, a reportagem do Grupo Sinos apurou que se trata de Dyego Matielo. Ele é conhecido por ser especialista em placas e lentes de contato dentárias. Nas redes sociais soma mais de 50 mil seguidores e já foi secretário de Saúde em Cachoeirinha, na região metropolitana.

Operação Mordida Cruzada | abc+



Operação Mordida Cruzada

Foto: Polícia Civil

Na operação foram cumpridas 108 medidas cautelares, entre elas mandados de busca e apreensão, bloqueios de contas bancárias, sequestro de bens e três prisões preventivas nas cidades de Porto Alegre, Canoas, Triunfo, São Sebastião do Caí e Cachoeirinha. Matielo não está entre os presos.

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Segundo a Polícia, o dinheiro lavado pelas empresas, sendo uma clínica odontológica, teria como origem o tráfico de drogas, agiotagem e estelionato. A suspeita é que Matielo tenha iniciado a prática por conta de dívidas, praticando diferentes formas de estelionato, como a aquisição de produtos com cheques sem fundo, por exemplo.

Outro método utilizado por Matielo, de acordo com a Polícia Civil, era o uso de dados dos pacientes para criar contas bancárias e contratar empréstimos junto aos bancos. Os supostos golpes ocorriam há cerca de um ano, conforme a investigação.

Defesa se pronuncia

A reportagem entrou em contato com o advogado José Henrique Salim Schmidt, que representa Matielo. “Apesar da defesa ainda não ter acesso aos autos, desde já informa estar à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos. Todas as atividades comerciais investigadas são lícitas, o que será comprovado oportunamente.”

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