Da Rocinha para Canudos: o que se sabe sobre as duas granadas apreendidas em Novo Hamburgo

Duas granadas artesanais foram enviadas da Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, para o bairro Canudos, em Novo Hamburgo. Elas foram apreendidas na tarde desta terça-feira (14), em operação que exigiu a evacuação de um condomínio residencial na Rua Uruguai, e desativadas em uma pedreira no Vale do Sinos.

Os artefatos estavam embalados em plásticos e amarrados. A caixa, enviada por um homem da Travessa Mesopotâmia, na Rocinha, chegou a uma moradora do condomínio hamburguense que trabalha com entregas. A encomenda era para ser recebida por uma mulher que mora em outro condomínio, na Rua Osvaldo Arthur Hartz, a 1,5 quilômetro de distância do local da apreensão.

Leia mais: Identificado adolescente de 14 anos que morreu afogado no Rio dos Sinos

A distribuidora e outras testemunhas foram levadas para depoimento na Central de Polícia de Novo Hamburgo. Até a noite de ontem, as informações eram contraditórias sobre a forma como policiais chegaram ao pacote. O delegado plantonista não se manifestou.

Investigação

A primeira versão é que a entregadora teria avisado a Brigada Militar sobre a caixa suspeita. Depois, que a polícia já estaria rastreando o material. A ideia de envio das granadas e o que seria feito com elas em Novo Hamburgo está sob investigação. Também é apurado se a remessa envolve o crime organizado.

Corpo de Bombeiros, Brigada Militar, Polícia Civil e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ficaram por cerca de uma hora no condomínio até a retirada das granadas. Durante a vistoria, os moradores tiveram que deixar os apartamentos. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi acionado e desativou os artefatos. Uma pedreira na região, de local não informado, foi escolhida para o procedimento.