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Cuidadoras de casa geriátrica são presas por suspeita de tortura de idosos em Canoas

Segundo investigação da Polícia Civil, mulheres presas na manhã desta sexta-feira (27) xingavam e batiam nas vítimas; estabelecimento acabou interditado

Publicado em: 27/09/2024 às 16h:47 Última atualização: 27/09/2024 às 16h:48
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A Polícia Civil prendeu em flagrante duas mulheres pelo crime de tortura contra idosos, em uma casa geriátrica de Canoas, na manhã desta sexta-feira (27). Elas desempenhavam a função de cuidadoras da casa geriátrica.

Ação foi organizada na manhã desta sexta-feira (27) no bairro Rio Branco



Ação foi organizada na manhã desta sexta-feira (27) no bairro Rio Branco

Foto: POLÍCIA CIVIL/REPRODUÇÃO

A ação executada em um lar no bairro Rio Branco foi organizada após a polícia obter áudios em que ficaram comprovadas agressões verbais e físicas contra os idosos no local.

Conforme apurado pela Polícia Civil, os idosos eram constantemente tratados aos gritos, ofensas e ameaças, além de serem agredidos fisicamente com empurrões, tapas e até mesmo batidas de cabeças contra as paredes.

Em um dos áudios obtidos pela Polícia Civil, é possível ouvir uma cuidadora gritando com a vítima e dizendo “tira esse dedo do nariz” … “senão vamos ter que te amarrar na cadeira”.

Segundo o delegado Maurício Barison, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas, a ação tinha o objetivo de coletar depoimentos das vítimas, afastar as cuidadoras, interditar o estabelecimento e realocar os idosos em outras casas.

“Devido às agressões, uma idosa que sofreu uma batida da cabeça contra a parede, foi encontrada gravemente ferida e precisamos chamar o Samu para levá-la com urgência para o hospital”, conta Barison.

A decisão de interdição foi amparada pelo Ministério Público e Poder Judiciário. A ação policial contou com a colaboração da Vigilância Sanitária e da Secretaria Municipal de Assistência Social, aponta o delegado.

Ainda segundo o delegado, os idosos relataram que as cuidadoras afirmavam que “eles estavam lá porque devem ter feito muito coisa ruim” e que “se estavam lá era para sofrer”.

Ambas as mulheres foram presas em flagrante delito e vão responder pelo crime de tortura. A proprietária do estabelecimento e o marido de uma das cuidadoras estão sendo investigados pela participação ou omissão nos crimes.

Conforme o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana [DPRM], o delegado Cristiano Reschke, a Polícia Civil como prioridade a apuração de todo tipo de denúncia de violência contra idosos.

“São pessoas especiais, vulneráveis, que precisam e merecem de cuidado e carinho, e por essas razões não haverá tolerância à violência e abusos”, afirma. “Por isso, é importante a sociedade trazer a conhecimento da polícia os casos por meio dos canais de denúncia e de registro de ocorrências”, avalia. 

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