Há exatamente uma semana, na última sexta-feira (9), dois crimes chocaram o Rio Grande do Sul. Pela manhã, a menina Kerollyn, 9 anos, foi encontrada morta no interior de um contêiner de lixo, no bairro Cohab Santa Rita em Guaíba, na região metropolitana. Horas depois, por volta das 20 horas, a pequena Anna Pilar Cabrera, 7 anos, também foi encontrada morta, mas na escadaria do prédio onde morava com a mãe em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos.
As semelhanças entre os crimes não param no fato das vítimas serem crianças. As principais suspeitas são as mães: Kauana Nascimento, 31 anos (mãe da Anna) e Carla, 30 anos (mãe da Kerollyn). As duas também já foram presas pela Polícia Civil, enquanto Kauana teve a preventiva decretada, Carla está detida temporariamente por 30 dias.
Conforme a Polícia, as diferenças nas prisões ocorrem pelos métodos utilizados nos crimes. Enquanto Anna Pilar foi encontrada esfaqueada e a faca no apartamento, configurando flagrante. No caso de Kerollyn, apesar da mãe confirmado que administrou um medicamento controlado para a filha, a causa da morte só será descoberta após o resultado da necrópsia. Portanto, não há comprovação da autoria.
LEIA TAMBÉM: Estudante de 13 anos é agredido com socos, chutes e pauladas na cabeça em escola de Montenegro
“Ela está presa pelo histórico de violência contra a filha, além do depoimento das testemunhas”, explicou o delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil do Estado.
Prisão e hospital
Outra diferença está no destino de Carla e Kauana. Enquanto a primeira está no Presídio Feminino de Guaíba, pelo crime cometido no próprio município, a segunda está internada no Hospital Municipal de Novo Hamburgo (HMNH), já que se automutilou após matar a filha a facadas.
Conforme a Fundação de Saúde de Novo Hamburgo, responsável pelo HMNH, Kauana, que está sob custódia da Polícia, aguarda a transferência para o Hospital Vila Nova, em Porto Alegre. “Assim que ele receber alta médica, será transferida para Guaíba”, reforça Sodré.
LEIA TAMBÉM