O Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul (CRPRS) abriu um procedimento para verificar o processo de avaliação psicológica para concessão de registro e porte de arma de fogo de Edson Crippa, de 45 anos. Ele é o autor dos disparos que mataram cinco pessoas no maior tiroteio da história de Novo Hamburgo. A morte da última vítima, o policial militar Rodrigo Volz, 31, foi confirmada nesta quinta-feira (24), um pouco mais de 24 horas do encerramento do caso, que durou 9 horas no bairro Ouro Branco.
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O crime aconteceu entre o fim da noite de terça (22) e a manhã de quarta (23), mesmo dia em que o chefe da Polícia Civil do Estado, Fernando Sodré, informou em coletiva de imprensa que, assim como o pai, Eugênio Crippa, 74, morto durante o ataque, Edson tinha esquizofrenia, internado pelo menos quatro vezes em função do problema psiquiátrico.
Para reportagem, o primo Edilson Pereira descreveu o atirador como um homem de comportamento pacato, “correto até demais”. E complementou: “O problema dele era mental, ele surtou”, expôs durante o velório de Edson, do pai e do irmão, Everton Crippa, 47, também vítima do crime, nesta quinta.
O atirador era Colecionador, Caçador Desportivo e Caçador (CAC), e as autoridades buscam entender como o atirador tinha autorização para ter armamento, já estava em dia com a legislação, que exige que ele tivesse laudo. O armamento em posse de Edson era registrado na Polícia Federal e no Exército. Ele tinha duas pistolas, uma 9mm e outra .380, e duas carabinas.
“Para obter, ele teve que apresentar um laudo psicológico atestando que ele tenha condições de portar arma”, descreve o secretário de Segurança Pública do RS, Sandro Caron de Moraes.
O procedimento em verificação pelo CRPRS foi recomendado pela PF. Em nota, o Conselho informou que está “verificando os procedimentos que envolvem o exercício profissional da Psicologia” e disse ainda que, “havendo indícios de irregularidade, o CRPS tomará medidas administrativas e disciplinares, conforme a legislação estabelece”.
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