JULGAMENTO CONCLUÍDO
Júri decide condenar um dos três acusados de tentar matar desafeto no Kerb de Ivoti; entenda motivo
Tentativa de homicídio aconteceu no dia 21 de janeiro de 2017, por volta das 23 horas, no entorno da Praça Concórdia
Última atualização: 15/03/2024 16:31
O júri popular que julgou três homens envolvidos em uma tentativa de homicídio contra um desafeto durante o Kerb de Ivoti, em 2017, terminou com a condenação de um deles e com a absolvição dos outros dois.
Os jurados decidiram condenar somente o autor das facadas. O homem foi sentenciado a pena de 8 anos e 3 meses de reclusão, inicialmente em regime fechado. A juíza Caroline Zanotelli concedeu ao réu o direito de recorrer da decisão em liberdade, pois assim respondia ao processo.
O promotor de Justiça Charles Emil Machado Martins explica que a decisão dos jurados não contemplou todos os pedidos da Promotoria, já que o Ministério Público trabalhou pela condenação dos três envolvidos. “Embora não seja considerada tecnicamente correta, pois se entende que os absolvidos deveriam ser condenados, essa decisão não pode ser considerada ‘injusta’, pois os jurados, nitidamente, quiseram distinguir uma conduta gritantemente grave, de outras que não foram”, analisa Martins.
Por conta disso, o promotor reconhece a competência dos jurados para decidir sobre o caso e, em razão disso, a Promotoria não pretende recorrer. “Mas as vítimas, se quiserem, poderão”, observa o promotor.
Relembre o caso
A tentativa de homicídio aconteceu no dia 21 de janeiro de 2017, por volta das 23 horas, no entorno da Praça Concórdia. Na ocasião, um dos acusados de participar do crime encontrou um desafeto, com quem tinha uma rixa antiga causada por um relacionamento amoroso, e iniciou uma briga, que envolveu oito pessoas.
Durante a confusão, uma das vítimas foi esfaqueada com golpes que perfuraram um dos rins e o fígado. O homem foi esfaqueado após desmaiar ao receber uma cadeirada na cabeça. Quando caiu desacordado, um dos agressores aproveitou da situação e o atingiu com a faca, que tinha 25 centímetros de lâmina. O promotor Charles Emil Machado Martins sustentou, na denúncia, que “a vítima não morreu por ter sido prontamente socorrida e receber imediato atendimento hospitalar”.
O homem que sofreu a tentativa de homicídio sequer era o alvo dos agressores. O principal alvo também foi atingido com um golpe de faca no braço direito, mas conseguiu se desvencilhar e escapou do local. Além destes, outros dois homens que tentaram intervir na briga, foram feridos com a faca, sendo que um sofreu um corte na mão e outro no ombro.
Uma mulher também ficou lesionada ao ser atingida por uma cadeirada.