abc+

DESALOJADOS

"Como pode alguém alugar ou vender algo que não é seu?", diz moradora retirada de condomínio popular de Igrejinha

Mulher alega que ela e os vizinhos foram vítimas de criminosos, que estariam usando o residencial para o tráfico de drogas

ico_abcmais_azul
Publicado em: 24/04/2024 às 11h:04 Última atualização: 24/04/2024 às 11h:29
Publicidade

A operação de reintegração de posse de imóveis em um condomínio popular localizado no bairro Bom Pastor, em Igrejinha, deixou pelo menos 10 famílias desalojadas na manhã desta quarta-feira (24). Entre os desalojados, estão moradores que alugaram apartamentos de quem não é o titular do imóvel.

Mobilização de grande força policial vistoria imóveis no Residencial Erna Grins | abc+



Mobilização de grande força policial vistoria imóveis no Residencial Erna Grins

Foto: Arquivo Pessoal

Uma dona de casa disse que tem problemas de saúde e lamentou ter que sair do apartamento em que residia há mais de um ano. Com a operação realizada nesta quarta, ela descobriu que havia alugado o imóvel de uma pessoa que não é a titular do apartamento.

“É triste. Como pode alguém alugar ou vender algo que não é seu?”, declara. A moradora, que pediu para não ser identificada, alega ter sido vítima de criminosos. “Neste momento estou me sentindo incapaz, tendo que sair debaixo de chuva e não tenho nem onde ir morar”, lamenta.

O que já se sabe

A operação, que contou com a participação da Polícia Federal e da Brigada Militar, inclusive com o Batalhão de Choque, mira um esquema fraudulento de compra e venda ilegal de imóveis adquiridos pelo programa Minha Casa Minha Vida.

Operação da Polícia Federal conta com o apoio da Brigada Militar e do Choque | abc+



Operação da Polícia Federal conta com o apoio da Brigada Militar e do Choque

Foto: Arquivo pessoal

A suspeita é de que traficantes ligados a uma organização criminosa tenham ocupado o Residencial Erna Grins e passado a controlar o local, expulsando moradores e negociando os imóveis vagos.

A PF informou que não se manifestará sobre o caso, e que, neste momento, apenas apoia a ação de reintegração de posse no âmbito de um processo que tramita na Justiça Federal.

Publicidade

Matérias Relacionadas

Publicidade
Publicidade